Home Mídia Esportiva e bastidores Ana Thaís vê Textor afetando o futebol brasileiro com gestão no Botafogo: “Não gosto do modo videogame”

Ana Thaís vê Textor afetando o futebol brasileiro com gestão no Botafogo: “Não gosto do modo videogame”

Jornalista considera que, apesar da margem de uma volta por cima, o dono do Glorioso está repassando um exemplo negativo em termos de administração

Bruno Romão
Bruno Romão atua como redator do Torcedores.com na cobertura esportiva desde 2016. Com enfoque em futebol brasileiro, futebol internacional e mídia esportiva, acumula experiência em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Possui diploma de bacharelado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba.
Ana Thaís vê Textor afetando o futebol brasileiro com gestão no Botafogo: “Não gosto do modo videogame”

John Textor não gostou da arbitragem na final da Libertadores (Vitor Silva/Botafogo)

Ana Thaís Matos, em abordagem envolvendo a SAF do Botafogo, sinalizou um problema da mentalidade de clube-empresa. Ainda que John Textor tenha recursos para contenção de danos, as mudanças constantes no clube são avaliadas como prejudiciais o futebol brasileiro. Isso porque, com demissões, saídas e chegadas ocorrendo de modo constante, situação recorrente no videogame, uma normalidade nociva ganha status de comum.

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“Eu entendo esse pensamento de que o time é uma empresa, se não gostou manda embora. Não fica para sempre. Mas eu não gosto desse modo videogame: não gostei manda embora, jogou bem vende para outro time, já vem sabendo que vai passar seis meses e vai embora, como foi Almada e Jair. Acaba sendo nocivo até para o desenvolvimento do nosso futebol.”, disse Ana Thaís, no “Seleção SporTV.”

“Para a gente, no cenário nacional, eu acho nocivo. Imagina para o clube, olhando para o aspecto individual. O futebol brasileiro permite que você faça quatro contratações e o time bata campeão. Mas, para o desenvolvimento anual do time, eu acho nocivo tratar um time de futebol como um time de videogame.”, acrescentou.

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Ana Thaís destaca planejamento de Textor

Demorando para definir o substituto de Artur Jorge, Textor surpreendeu ao contratar Renato Paiva. Como o trabalho do português, que viveu um auge breve no Mundial, foi interrompido de forma repentina, Ana Thaís reforçou o sentimento de preocupação ligado ao controle do Botafogo, que busca uma volta por cima com títulos em 2025.

“Demorou para decidir o que ia fazer do time no primeiro semestre. O trabalho do Renato Paiva começou sob algumas desconfianças. Vai para o Mundial, não faz uma boa apresentação contra o Palmeiras e manda o Renato Paiva embora e vende alguns jogadores, e trouxe outros novos. Me preocupa essa instabilidade que vive o time na condição de trabalho no dia a dia. Me preocupa, mesmo sabendo que o dinheiro resolve qualquer problema. Não dá para cravar nada em relação ao Botafogo, mesmo com o dinheiro determinando as ações do clube.”, prosseguiu.

Pressão da torcida

Além da insatisfação pelo estilo do Botafogo, Textor percebeu que, diante da forte pressão nos bastidores, não era mais possível respaldar Renato Paiva. Neste cenário, buscando viabilizar um padrão diferente, o empresário decidiu apostar em Davide Ancelotti como trunfo para recuperar o bom futebol da equipe.

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“Não tomo as decisões sozinho. Se todo o departamento de futebol vem até mim e fala que precisamos fazer algo sobre o treinador, eu me mexo. Eu não gosto de demitir pessoas. Você viu que o estilo de jogo do time mudou durante 10 jogos. Paiva é um grande treinador, mas ele tem que manter seu estilo de jogo no próximo trabalho. Ele não pode deixar os torcedores reclamando no Brasil (influenciarem), eles são brutais.”, relatou Textor à rádio inglesa “TalkSport”.

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