Atlético-MG busca soluções para reduzir dívida do clube (Foto: Pedro Souza / Atlético)
A situação do Atlético-MG tem sido de vários problemas quanto ao estado financeiro do clube, que tem sido alvo de muitos questionamentos, especialmente com suas dívidas. Algo que tem preocupado bastante seu torcedor nestes últimos anos.
A preocupação se dá, principalmente, pelo montante devido pelo Galo, estimado em mais de R$ 2 bilhões. O torcedor atleticano torce pela perspectiva de que os débitos poderão ser reduzidos no futuro para poder ajudar a trazer paz definitiva dentro e fora de campo para o clube, que teve uma semana com diversas polêmicas e reuniões.
Dívida bancária alta
Um dos principais pontos que fazem a dívida do Atlético-MG ser tão impactante é o valor devido para bancos e demais instituições financeiras. Em entrevista ao Flow Sport Club, o jornalista Rodrigo Capelo, especializado na análise das finanças do futebol, explicou a situação do clube e como o valor da dívida bancária é o que mais afeta a capacidade de investimento e manutenção da saúde financeira do clube,
“No Atlético, a dívida trabalhista é mais alta e a dívida bancária é muito alta. E essa dívida é diferente porque, quando você pega o empréstimo, você dá um aval. Esse aval é tanto receitas do clube, quanto um aval pessoal de alguém. No caso do Atlético-MG, são os donos, a família Menin. Se não pagar essa dívida bancária, não tem não pagar. Se não pagar, vão tirar receita do clube, e se não tiver receita, vão, tomar bens (dos investidores). É isso. É uma dívida grave. Ela tem aval. Ela está avalizada “, afirmou Capelo.
Impacto dos juros
Além do valor devido em si, Capelo também atenta para que os juros decorrentes destes débitos também são sinal de atenção no Galo. Muito disto porque estes estão em patamares mais altos do que quando os aportes dos investidores começaram a ser feitos, o que deixa o custo anual da dívida em valores que, possivelmente, já passam de R$ 200 milhões anuais conforme esta vai evoluindo sem ser quitada.
“Tem um segundo ponto que os juros destas dívidas bancárias são mais altos e são juros complicados. Nesse ponto, quando os ‘4Rs’ começaram os empréstimos, ou como o mercado financeiro chama. a ‘alavancagem’ do Atlético-MG, a taxa de juros no começo de 2021 era de 3% ao ano. Hoje, ela está em 15% ao ano. Então, a dívida ficou muito cara. Só a dívida bancária custa mais de R$ 200 milhões por ano, só os juros da dívida bancária custam R$ 200 milhões ao ano”, explicou o jornalista.
Aporte virá?
Durante a semana, o Atlético-MG conviveu com diversas situações relativas aos problemas financeiros do clube. Desde jogadores tentando cobrar dívidas até uma reunião de Rubens Menin, um dos acionistas da SAF atleticana, com o elenco para discutir o pagamento de salários atrasados, marcaram os últimos dias. Isto em meio à busca por investidores para colocar dinheiro e sanar, ao menos em parte, tais questões.
Recentemente, foi noticiado que o empresário deverá fazer um novo aporte no Galo para buscar resolver as dívidas bancárias e os juros decorrentes destas, além de outras pendências. Segundo informações, Menin estaria disposto a investir até R$ 600 milhões na SAF, o que faria com que uma boa fatia de suas ações passem para sua propriedade.

