Coutinho, em jogo do Vasco na Sul-Americana (Dikran Sahagian/Vasco)
Pedrinho, alvo de protestos da torcida do Vasco, concedeu coletiva de imprensa nesta quinta (24). Ciente das críticas, principalmente atreladas à montagem do elenco, o presidente explicou o investimento de R$ 60 milhões em reforços. Levando em conta que a SAF segue em poder do associativo, não existem recursos disponíveis para grandes contratações. Neste contexto, é necessário utilizar o dinheiro em caixa com o máximo de sabedoria.
“Quando pega um número frio desse jeito, R$ 60 milhões (em contratações), parece que peguei R$ 60 milhões e investi, assim, no talo. E R$ 60 milhões no talo, você vai falar, que eu poderia contratar um jogador da primeira prateleira. As contratações não são feitas dessa forma, têm que caber dentro de um fluxo de caixa que eu consigo pagar. Nos momentos ruins, obviamente os exemplos das contratações vão ser os atletas que por algum motivo ainda não performaram, mas tem contratações que performaram.”, disse Pedrinho.
Apesar da situação financeira complicada, Pedrinho lembrou que Philippe Coutinho foi repatriado pela atual gestão do Vasco. Além do camisa 10, Nuno Moreira, mapeado através do scout, Tchê Tchê e Lucas Freitas, avaliados como boas opções de mercado, ganharam valorização no discurso do presidente.
“O Coutinho é uma contratação que para nós dá muito orgulho, o Nuno (Moreira) performando bem, o Lucas Freitas que chegou muito bem, depois teve um pouquinho de dificuldade e retoma o futebol, ainda se valorizou por isso. O Tchê Tchê que veio de graça e está desempenhando muito bem. A gente vai acertar e vai errar. Os jogadores que ainda não performaram não quer dizer que não tenham capacidade para performar.”, prosseguiu.
Limitação no Vasco
Sem o apoio da 777 Partners, afastada do comando do Vasco, Pedrinho precisou encontrar formas de reforçar o elenco. Embora movimentações interessantes tenham sido feitas, o mandatário máximo lembrou que jamais prometeu contratações com o “nível de Real Madrid”.
“Tudo que você falou a gente identifica e tenta melhorar. Cada vez mais nas janelas a gente tenta ser mais assertivo, é difícil sem investimento ver os rivais com muito investimento, a cobrança aumenta por isso. […] Deixando claro que em nenhum momento nas janelas eu falei que contrataria qualquer jogador de nível de Real Madrid, nunca prometi isso a ninguém. Minha promessa aqui foi sempre honrar os compromissos, por mais que isso seja muito doído para o torcedor.”, externou.
Pedrinho reforça dura realidade do Vasco
Ao contrário de Flamengo, Fluminense e Botafogo, o Vasco não conseguiu títulos de peso nos últimos anos e, consequentemente, ficou fora do Mundial. Totalmente sincero, Pedrinho enfatizou que o Cruz-Maltino está fora da prateleira dos rivais e, por enquanto, atingir o mesmo nível é um cenário incerto. Sendo assim, a prioridade em 2025, mais uma vez, deve ser fugir do rebaixamento no Brasileirão.
“Eu gostaria de estar falando aqui de diversas contratações, mas as pessoas têm dificuldade de encarar a realidade. A realidade é dura, ainda mais quando os rivais aqui do Rio de Janeiro conseguem se reestruturar, passaram por período de dificuldade e, nesse período, a gente ainda estava aprofundando ainda mais em dívida. Muitas pessoas vão interpretar isso como desculpa, mas só estou falando a realidade.”, pontuou.

