Filipe Luís, em Internacional x Flamengo (Adriano Fontes/CRF)
Filipe Luís, admirador declarado de Jorge Jesus, deixou claro que está longe de atingir o patamar do ‘Mister’. Após a classificação do Flamengo na Libertadores, o técnico fez questão de ressaltar o nível de superioridade atrelada ao ex-comandante do clube carioca, motivo pelo qual eventuais comparações, no momento, são totalmente injustas. Neste cenário, a possibilidade de um “resgate” envolvendo o desempenho de 2019 foi totalmente rechaçada.
“Eu não posso comparar times passados ao meu time. São jogadores diferentes. Eu não posso me colocar à altura do Jorge Jesus, que se não é o melhor da história, é um dos dois melhores que passaram no Flamengo. Nunca vou fazer algo parecido com o que ele fez. Vou fazer minha história do meu jeito, mas com esse DNA do Flamengo que eu aprendi e conheço desde pequeno.”, disse Filipe Luís, em coletiva de imprensa.
“Eu amo o Jorge Jesus, foi um cara que me ensinou e um pai pra mim. Continuo falando com ele sempre. Nunca me comparem com ele. É muito mais treinador que eu ainda, é mais experiente, tem mais títulos e mais história. Eu estou começando a minha. Não cometam esse erro comigo porque é injusto comparar um cara com a grandeza dele comigo que estou só começando.”, prosseguiu.
Dificuldade em neutralizar o Internacional na Libertadores
Ao longo de três partidas, o Flamengo conseguiu anular, em grande parte, o Internacional. Embora o objetivo tenha sido cumprido com três pontos no Brasileirão e a vaga nas quartas de final da Libertadores, Filipe Luís lembrou que nem sempre o domínio vai resultar em vitórias, mas o estilo ofensivo, de modo recorrente, será prioritário em campo.
“É muito difícil jogar contra o Internacional e (fazer) que eles não chutem no teu gol. No primeiro jogo, por mais que tenha sido um bom primeiro tempo e muito criticado no segundo tempo, o Inter levou pouco perigo naquele jogo. A gente conseguiu dominar bem. É uma ilusão pensar que vamos dominar 90 minutos e só atacar. O adversário tem armas e grandes jogadores.”, afirmou.
“É tentar amassar o adversário o máximo de tempo possível. Muitas vezes não conseguiremos e jogaremos mal. Muitas vezes, nós jogaremos bem e vamos perder jogos ou jogar mal e ganhar. Mas a proposta é propor jogo, sair com a bola no chão, pressionar o adversário. Tentarei fazer isso do meu jeito com os meus jogadores. Todos eles, principalmente os que chegaram, querem fazer história no Flamengo.”, prosseguiu.
Melhor jogo de Filipe Luís dirigindo o Flamengo?
Mostrando uma aplicação tática impressionante, o Flamengo não deu chances do Internacional pensar em uma remontada. Ciente de que cada partida possui um roteiro diferente, Filipe Luis, ao valorizar o resultado fora de casa, não quis eleger o duelo no Beira-Rio como o melhor à frente do Rubro-Negro.
“Foi um grandíssimo jogo e muito completo. Um jogo onde teve uma aplicação tática e um sacrifício muito grande por parte dos meus jogadores para neutralizar as armas do Internacional. Dizer que foi o melhor, é difícil comparar. Cada jogo tem suas dificuldades. Vimos no Mundial a gente ganhar do campeão do mundo. É difícil falar que foi o melhor sob o meu comando. Cada jogo tem suas peculiaridades, coisas positivas e negativas.”, externou.
“A verdade é que nosso grupo está se reinventando porque são muitas peças novas que chegaram e algumas que saíram. Está com uma alma e um espírito novo. Essa vitória é importante para dar força e credibilidade para esse grupo, que já era muito forte e tem tudo para se fortalecer ainda mais.”, concluiu.
