Anderson Barros durante entrevista coletiva no Palmeiras (Créditos: Cesar Greco - Ag. Palmeiras)
As polêmicas declarações do técnico do Bahia, Rogério Ceni, após a vitória contra o Palmeiras ontem (28), pelo Brasileirão, ainda estão repercutindo. O diretor de futebol do time alviverde, Anderson Barros, rebateu as críticas feitas ao estilo de jogo palmeirense e destacou ainda que o próprio técnico do time baiano já criticou o gramado da Fonte Nova e disse que preferiu um artificial.
Em entrevista ao “ge.com”, o dirigente do Verdão advertiu Rogério Ceni sobre um problema ético pelo fato do técnico do Esquadrão de Aço criticar o trabalho da comissão técnica de Abel Ferreira, dizendo que o time alviverde joga em grande parte do tempo somente com ligação direta entre Weverton, Flaco López e Vitor Roque.
“Quanto à crítica do treinador do Bahia sobre a forma como supostamente o Palmeiras joga, não vale perder tempo. Os títulos que o clube conquistou sob o comando da comissão técnica do Abel demonstram a excelência do trabalho desenvolvido. A declaração do senhor Rogério Ceni entra em uma questão ética complicada e eu acho que ele deveria repensá-la”, rebateu Barros.
Lesões: gramado natural x gramado sintético
Outro ponto polêmico na entrevista coletiva de Rogério Ceni foi quando ele destacou que o Palmeiras não podia reclamar de lesões no gramado ruim, mas natural, da Fonte Nova, pois utiliza um piso sintético no Allianz Parque – vale destacar que nenhum estudo conseguiu comprovar até o momento que os gramados artificiais provoquem mais lesões do que os naturais.
“O próprio treinador do Bahia, que ontem saiu em defesa do campo da Fonte Nova, disse um ano atrás, se não me engano, que era preferível ter um campo sintético a jogar em um gramado sem a mínima condição como o da Fonte Nova. Não fui eu quem falei isso, foi o treinador do Bahia, o senhor Rogério Ceni, que aparentemente se esqueceu do que falou em 2024”, disse.
“Muita gente diz que o Palmeiras colocou o campo sintético no Allianz Parque para ter ganho esportivo ou para ajudar na recuperação após os shows, mas isso não é verdade. O Palmeiras decidiu instalar o piso artificial porque o gramado do Allianz Parque até 2019 era ruim. Não podíamos continuar a oferecer um campo em más condições para os atletas, sejam do Palmeiras, sejam dos nossos adversários. A integridade física dos jogadores está sempre em primeiro lugar. Não é por acaso que, desde 2020, quando implementamos o gramado sintético em nossa casa, o Palmeiras é um dos clubes do Brasil com menor número de lesões”, finalizou.
Palmeiras terá desfalques contra o Vasco
Depois da derrota na Bahia, o elenco do Verdão voltou a treinar na Academia de Futebol na manhã desta segunda-feira (29) de olho na partida contra o Vasco, marcada para esta quarta-feira (1º), às 19h (horário de Brasília). Para o duelo válido pela 26ª rodada do Brasileirão, o time alviverde deverá ter pelo menos mais dois desfalques.
O meio-campista Lucas Evangelista deixou a partida na Arena Fonte Nova ainda na primeira etapa por causa de dores na coxa. Avaliado no clube, o atleta teve constatada uma lesão no músculo posterior da coxa direita e fará novos exames para avaliar a complexidade do caso – não está descartada uma intervenção cirúrgica.
Já o lateral-esquerdo Piquerez, que também teve que deixar o campo após uma pancada no joelho direito no péssimo gramado da casa do Bahia no Brasileirão. Avaliado na Academia de Futebol, o uruguaio, no entanto, teve descartada qualquer lesão. Porém, ainda não está certa a presença do atleta na partida contra o Vasco.

