Ramón Díaz e Emiliano Díaz sendo apresentados no Internacional. (Foto: Ricardo Duarte/Internacional)
Nesta quinta-feira (25), o técnico Ramón Díaz e seu filho Emiliano foram apresentados no Internacional para comandar o time. No entanto, uma ala da torcida ficou incomodada com o fato de ‘haver dois treinadores’. Assim, o jornalista Fabiano Baldasso criticou essa visão dos fatos e saiu em defesa da dupla agora colorada.
Baldasso fica do lado de Ramón Díaz após críticas
O técnico Ramón Díaz mal chegou ao Internacional, e já vem recebendo críticas de parte da torcida. Alguns colorados reclamaram do treinador compartilhar o comando com seu filho, Emiliano Díaz. Para Baldasso, esse discurso vem de uma ala que ele chama de ‘fãs do Coudet’, que preferiam a chegada de Luis Zubeldía ao cargo.
“Agora, a grande crítica que aparece em relação ao Ramón Díaz é essa história de que ‘são dois treinadores’. Cara, eu fico louco com isso pelo seguinte: um técnico nunca decide sozinho. Geralmente, ele tem ao lado um auxiliar técnico, que, na prática, é alguém de confiança, um amigo que ele sabe que trabalha bem. Esse auxiliar é a pessoa com quem ele divide diálogos, debates e decisões”, disse Baldasso em live.
O jornalista até admitiu que o protagonismo dado a Emiliano Díaz na comissão técnica chama a atenção. No entanto, voltou a lembrar que, para Ramón Díaz, o filho é um auxiliar-técnico de confiança. Inclusive, relembrou muitos treinadores de ponta que fizeram isso, como Tite, Ancelotti e Abel Braga.
“No caso do Ramon Díaz, a situação só é um pouco diferente porque o filho dele, o Emiliano, tem uma presença física maior. Ele aparece na coletiva, está mais visível na beira do campo, nos treinos, mas, no fundo, é exatamente isso: o auxiliar de confiança“, opinou Baldasso sobre esse tema.
As críticas aceitáveis para o momento
Para Fabiano Baldasso, o técnico Ramón Díaz não é imune a críticas, mesmo chegando agora ao Internacional. Assim, ele explicou que alguns apontamentos aceitáveis são mais sobre os últimos trabalhos. Porém, falar sobre a composição da sua comissão técnica não seria um discurso legal para esse momento.
“Eu não posso tratar isso como um defeito de antemão. Eu até posso questionar se o Ramon não é um técnico defasado, porque os últimos trabalhos dele não foram bons. Essa análise eu posso fazer. Mas pegar essa história da divisão de protagonismo com o filho e usar como se fosse sinal de que ele é um técnico ultrapassado, um “velho gagá” ou coisa do tipo, não cola”, finalizou Baldasso.

