Home Futebol Jogo marcante nas férias, portunhol, café e Gre-Nal: como Fernando Carvalho convenceu D’Alessandro a jogar no Inter

Jogo marcante nas férias, portunhol, café e Gre-Nal: como Fernando Carvalho convenceu D’Alessandro a jogar no Inter

Ex-presidente colorado contou detalhes sobre como trouxe D’Alessandro ao Inter em 2008

Eduardo Caspary
Eduardo Caspary é jornalista formado pela PUCRS em agosto de 2014, com Especialização Digital feita entre 2016 e 2018 na mesma universidade. Apaixonado por esportes, em especial futebol e tênis. Mora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Fernando Carvalho estava sentado na sala do local onde resolveu tirar folga em maio de 2008 em Punta del Este, litoral do Uruguai. Entre uma taça de vinho e outra, acompanhava atentamente a televisão e se encantava com Andrés D’Alessandro, que, naquela noite de 8 de maio, comandou o San Lorenzo – com dois jogadores a menos – rumo ao empate em 2×2 fora de casa e à classificação às quartas da Libertadores diante do River Plate.

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Carvalho já havia deixado a presidência do Inter após o título mundial de 2006, mas, figura sempre consultada pela direção à época, guardou o nome do meia argentino.

“Eu havia me desligado do clube desde 2006 e só voltei como diretor de futebol na metade de 2008. Neste mesmo ano, eu estava de férias e vendo jogos, como faço sempre, lembro de ter visto um River Plate 2×2 San Lorenzo no Monumental de Nuñez, pela Libertadores, em que o D’Alessandro comandou o time do San Lorenzo, que se classificou mesmo com dois jogadores a menos. Na época, pensei: “Por que o San Lorenzo pode ter um jogador dessa qualidade e o Inter não?”. Mas como eu estava fora do clube naquele momento, foi um pensamento que ficou comigo”, destacou o ex-dirigente em participação no programa Aqui Com Benja, do Fox Sports, que teve D’Ale como convidado no sábado passado.

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Por uma série de resultados negativos no início do Brasileirão, culminando também com a saída do técnico Abel Braga e da derrota na Copa do Brasil para o Sport, Fernando Carvalho volta como diretor de futebol no meio daquela temporada. Com a saída do então capitão Fernandão, decide ir em busca de D’Alessandro.

Inter

Carvalho foi fundamental na vinda de D’Ale para o Inter – Foto: Divulgação

“Quando eu retorno ao clube, eu contrato o Tite e lembro que o Fernandão estava de saída para o futebol do exterior. Precisávamos, evidentemente, de uma grande contratação do mesmo nível. Não necessariamente um centroavante, mas um jogador do tamanho do Fernandão. Lembrei do D’Alessandro e consultei sua situação, que seguia indefinida no San Lorenzo com passe preso ao Zaragoza, da Espanha. Iniciamos as negociações e eu fui pessoalmente à Argentina conversar com o jogador. Hoje posso dizer que é um amigo e alguém com quem tenho uma ótima convivência entre tantos churrascos e reuniões que eventualmente temos”, acrescentou.

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Foram semanas e semanas de uma arrastada negociação, que resultou no pagamento de cerca de R$ 11 milhões com auxílio do investidor Delcyr Sonda além da cedência do passe do ex-meia Tales – eterna promessa da base – ao Zaragoza.

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D’Alessandro lembra até hoje do primeiro encontro

Um dos fatores que motivou D’Alessandro a jogar no futebol brasileiro foi a decisão de Carvalho de ir pessoalmente à Argentina. Ambos se reuniram em uma cafeteria e trocaram as primeiras palavras. De pronto, o dirigente falou da importância do Gre-Nal no Rio Grande do Sul.

“Bom, o Fernando Carvalho foi muito importante na minha chegada ao Inter. Foi ele que foi me buscar na Argentina em 2008. Junto com um ex-dirigente do Inter, Sílvio da Silveira, que já faleceu. Lembro que fomos tomar um café. Ele falando um portunhol, eu não entendia nada de português. O que lembro bem é da palavra “Gre-Nal”. De cara, escutei muitas vezes e nunca esqueci”, falou o jogador.

Andrés D’Alessandro chegou ao Inter com 27 anos e fez a estreia logo em um Gre-Nal empatado em 1×1, no Beira-Rio, pela Sul-Americana – a mesma Sul-Americana que seria o seu primeiro título com o clube. A ela, somam-se as taças da Libertadores de 2010, da Recopa Sul-Americana de 2011, da Suruga Cup de 2009 e dos Gauchões de 2009, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016.

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