Perto de fazer 40 anos no próximo mês de junho, o lateral-direito Ceará surpreendeu nas últimas semanas ao desistir da aposentadoria e acertar a sua transferência ao União Luziense, que disputa a terceira divisão do futebol mineiro. À Rádio Bandeirantes, neste final de semana, ele explicou a decisão:
Siga o Torcedores no Facebook para acompanhar as melhores notícias de futebol, games e outros esportes
“Estou em Nova Lima desde 2012. Tenho um desafio na 3ª divisão mineira, um convite do presidente do clube para jogar quatro ou cinco meses. Consigo ainda correr e ajudar dentro de campo”, disse, antes de concluir:
“O presidente do União Luziense é um grande amigo. Eu fiquei um ano e meio na França após o término da carreira. Tenho algumas regalias, não consigo treinar todos os dias, porque sou diretor-geral de uma escolinha de futebol do PSG em BH”, admitiu.
Tradicionalmente, a “terceirona” mineira só inicia no segundo semestre. Ela, assim como as demais competições brasileiras, ainda aguarda os desdobramentos do calendário em função do coronavírus.
Campeão mundial em 2006, Ceará viveu a tristeza do rebaixamento uma década depois
Exatos 10 anos depois de ter marcado Ronaldinho e ajudado o Inter a vencer o Mundial da Fifa sobre o Barcelona, Ceará também fez parte do elenco que vivenciou o trágico – e inédito – rebaixamento da história colorada.
Na época, circulou um boato de que lideranças daquele grupo como ele, Paulão e Alex teriam pedido um “bicho extra”, isto é, mais dinheiro para tentar tirar o time da Série B. Ele negou veementemente o caso na nova entrevista:
“Concentrei só no último jogo, contra o Fluminense. Não houve pedido de bicho de minha parte em momento algum”, disse, para depois aumentar:
“Cheguei num momento que a equipe descia a ladeira. Não consegui contribuir como gostaria, seja no bastidor ou em campo. Nos últimos três jogos fiquei fora por lesão. naquele contexto conturbado. Foi um ano conturbado em campo, nos bastidores, na administração. Uma frustração geral. A torcida teve razão em protestar em vários momentos. Cheguei como ‘bombeiro’ e não consegui. Carrego a glória do Mundial e o fracasso do rebaixamento”.
Depois de deixar o Inter durante a Série B de 2017, Ceará ainda teve uma curta passagem pelo América-MG.
LEIA MAIS:
Bolzan desfaz mito sobre Renato, chama jogador do elenco de “craque” e fala até de Walter
Siga o autor:

