Home Futebol “Sempre foi muito profissional”, diz Lisca em defesa de Edinho, desafeto da torcida do Inter

“Sempre foi muito profissional”, diz Lisca em defesa de Edinho, desafeto da torcida do Inter

Atual treinador do América-MG saiu em defesa do volante Edinho em entrevista neste domingo

Eduardo Caspary
Eduardo Caspary é jornalista formado pela PUCRS em agosto de 2014, com Especialização Digital feita entre 2016 e 2018 na mesma universidade. Apaixonado por esportes, em especial futebol e tênis. Mora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Amigo de Edinho já há bastante tempo, o técnico Lisca, atualmente no América-MG, saiu em sua defesa durante live no Instagram neste domingo com a Rádio Gre-Nal. Horas antes, à mesma emissora, o volante concedeu uma longa entrevista em tom de desabafo e mostrou arrependimento por ter dito, em 2015, que o 5×0 do Grêmio em cima do Inter pelo Brasileirão era o “maior título da minha carreira”.

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“Tem vezes que a imprensa também marca um golaço, como essa entrevista da Rádio Gre-Nal com ele. Algumas vezes acontece de uma declaração ser dada fora do contexto, ganhar uma repercussão. Mas o Edinho sempre foi muito profissional e naquele momento estava defendendo o lado dele, sendo profissional no Grêmio. Mas ele tem uma história linda no Inter, gosta do clube, como ele mesmo falou. Tive a oportunidade de trabalhar de novo com ele no Ceará, quando eu precisava de um jogador mais posicionado no meio de campo. E ele foi, buscamos do CSA, e jogando muito. Ajudando fora de campo e também dentro, jogando muita bola”, colocou.

Lisca, que treinou o Inter nas três últimas rodadas do Brasileirão de 2016, lembrou que treinou Edinho na base colorada a partir de 2002 e que foi o responsável por fazê-lo virar volante.

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“O Edinho veio pro Inter em 2002, quando o André Luís, ex-zagueiro, que já trabalhava no clube, foi ver um torneio no Rio de Janeiro e gostou dele. E trouxe. Eu era o treinador do time júnior e recebi ele. Ele já era um cara forte. Lembro de um jogo em Santa Cruz do Sul, nos Plátanos, uma chuva que não parava, campo pesado. Ele era zagueiro e eu pensei nele como volante naquela partida, até pra segurar um pouco mais o time. Ele entrou, foi bem e não saiu mais como volante”, relembrou.

Recentemente, ambos voltaram a trabalhar juntos no Ceará – clube pelo qual Lisca permaneceu até o final dos estaduais de 2019. Edinho buscava clube até a paralisação geral por conta do coronavírus.

O pedido de perdão de Edinho

Arrependido, o jogador de 37 anos se desculpou com a torcida do Inter na entrevista concedida neste domingo – a primeira em muitos anos à imprensa gaúcha:

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“O melhor momento da minha vida foi o Mundial. Fantástico aquilo ali. Eu acabei entrando nas polêmicas jogando no Grêmio. Fui mal-interpretado. Eu tive depressão, fiquei afastado. Comecei a beber, fiquei trancado em casa. Momento difícil que eu tive em casa, em Porto Alegre. Muitas pessoas me ajudaram e salvaram a minha vida. Ninguém me queria. Não fiz nada pra ninguém naquele momento. E passei por aquilo de ficar afastado, não treinar, sem saber de nada. E aquela declaração da vitória de 5×0 foi por isso. Ali, eu voltei pro mercado do futebol”, disse, antes de acrescentar:

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“A chamada da matéria (feita pelo jornal Zero Hora) foi uma covardia grande. Fiquei chateado e magoado, porque quem me conhece sabe que eu gosto muito do Inter. Mas também sou grato pelo Grêmio. Se eu pudesse voltar atrás, eu não falaria as coisas daquele jeito. Eu mudei, entreguei minha vida pro Jesus. Fazia coisas erradas, mas agora estou em outro plano, com outro pensamento, focando nos meus filhos. Eu voltaria atrás em tudo que eu falei, mas não falei com maldade nenhuma. Sei que os colorados ficaram bravos, vão lá no meu Instagram, xingam, mas eu não tenho mágoa de ninguém”, destacou.

Matéria de 2015 do jornal Zero Hora após o fatídico Gre-Nal

Como o volante se tornou desafeto dos colorados

Campeão da Libertadores, do Mundial, da Recopa e da Sul-Americana pelo Inter, Edinho jogou no Lecce, da Itália, no Palmeiras e no Fluminense antes de ir para o tricolor em 2014 – onde ficou até 2016. Duas declarações da época em que vestia azul repercutiram muito, mas muito mal entre os colorados.

O primeiro momento de irritação foi quando ele disse que a goleada gremista no Gre-Nal do Brasileirão de 2015, na Arena, por 5×0, foi o seu maior título.

“Penso que o 5 a 0 foi minha maior conquista, trocaria por tudo. Apesar de não valer troféu, no meu modo de ver, foi meu maior título (…) Ganhar o Gre-Nal dessa forma, com uma atuação segura e tranquila, foi minha volta por cima”, disparou.

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Um ano depois, disse as seguintes palavras após um empate em 2×2 contra o Avaí, pela Primeira Liga.

“Muitos falam que nosso grupo não é tão qualificado, que não estamos preparados para essa Libertadores. No meu modo de ver, a equipe é muito forte, trabalha muito. Particularmente, fui campeão de uma Libertadores em uma equipe muito inferior a esta que nós temos. Acho que estamos no caminho certo”.

Em 2019, Edinho foi rebaixado à Série C jogando pelo Vila Nova. Após o Grêmio, ainda passou por Coritiba, CSA e Ceará.

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