A bola ainda está rolando pelo gramado do Pacaembu quando Elias cobra rapidamente uma falta e serve Ronaldo, que passa por Índio e marca 2×0 para o Corinthians. Este foi o placar final do duelo de ida da final da Copa do Brasil de 2009, deixando o Inter bem mais distante de reverter a desvantagem no Beira-Rio – algo que, de fato, não aconteceu e o time paulista ficou com a taça.
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Titular naquela noite em São Paulo em razão da ausência de Kleber, convocado à seleção, Marcelo Cordeiro recordou as finais em entrevista nesta semana ao Torcedores.com e concordou que o colorado foi prejudicado pela arbitragem. Héber Roberto Lopes era o homem do apito na ocasião.
“O Kleber estava na seleção, assim como o Nilmar. Acho que foi um jogo bem equilibrado. Eles aproveitaram bem as oportunidades que tiveram. Quando o jogo estava 0x0 ainda, eu saí bem em uma jogada cara a cara com o Felipe. Acabei cavando pro Alecsandro e um zagueiro deles, acho que foi o William, chegou segundos antes e conseguiu evitar o gol. Sem dúvida, aquele segundo gol de forma irregular, que a falta era a nosso favor… e o Corinthians bateu rápido, com a bola andando, então naquele momento a arbitragem interferiu bastante. Se fosse só 1×0 pro jogo de Porto Alegre, tudo seria diferente em termos até de clima. Mas você sair perdendo uma final de 2×0, torna tudo muito mais difícil. E no segundo jogo em Porto Alegre tomamos um gol cedo, que complicou mais ainda. Mas, sem dúvida, no segundo gol em São Paulo, a interferência da arbitragem pesou bastante”, colocou o ex-jogador.
Elogios de Cordeiro a D’Alessandro, companheiros de Inter em 2009
Por lesão, quem também desfalcou o Inter no Pacaembu foi Andrés D’Alessandro. Em 2009, vivia o seu segundo ano de Inter e já impressionava Cordeiro pela dedicação, intensidade e capacidade de suportar a pressão no clube. E os elogios se mantêm até hoje:
“Em relação ao D’Alessandro, não só a ele, mas Magrão, Guiñazu, Índio, Bolívar… com o dia a dia deles eu aprendi bastante. A forma que eles se entregavam no treinamento. Eu vi que em um grupo recheado de atletas com a qualidade que eles têm, eles em nenhum momento jogavam só com o nome. Bem pelo contrário. Os treinos eram 100% todo o tempo. E o D’Alessandro fez por onde ser ídolo do Inter e estar jogando até hoje. Isso passa pelos treinamentos. Eu joguei até os 38 anos. Poderia ter jogado mais, mas optei por parar. Da mesma forma que eu cheguei jogando até essa idade, foi porque o dia a dia tinha o meu 100%”, disse, antes de concluir:
Confira aqui a íntegra da exclusiva com Marcelo Cordeiro
“E o D’Alessandro, a capacidade de jogar, treinar, suportar pressão, porque não é fácil ser o ídolo e ser cobrado por isso, sendo o cara do time até hoje. Até hoje chama a responsabilidade, corre os 90 minutos, as bolas todas passam por ele. Eu acompanho o Inter sempre. Sem dúvida é um dos maiores ídolos do Inter. É um cara tem a personalidade forte, mas é um cara de caráter muito grande e que tem um futuro pela frente. Se decidir ficar no futebol, pode ajudar muito o Inter. O futebol precisa de ex-atletas identificados com os clubes que passaram. O dia a dia, a capacidade de suportar a pressão e a intensidade nos treinamentos eram o que mais me chamavam a atenção nele”.
Enquanto D’Alessandro, aos 39 anos, segue como um dos grandes nomes do elenco do Inter, Marcelo Cordeiro, 38, estuda para se tornar treinador de futebol. Ele se aposentou no ano passado e já teve uma experiência comandando o São Bento na Série B nacional.
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