A notícia desta semana de que o Flamengo tinha ciência de que a estrutura dos alojamentos dos jogadores de base do Ninho do Urubu tinha problemas pode causar uma ‘revolução’ nos acordos feitos por algumas famílias de vítimas do incêndio, que matou dez jogadores do clube em 2019.
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Em entrevista ao Globoesporte.com, a coordenadora cível da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, Cintia Guedes, afirmou que familiares poderão pedir revisão de seus acordos de indenização firmados com o clube agora com a descoberta das novas informações. Sete acordos já foram fechados entre o Rubro-Negro e familiares, com mais quatro a serem ainda negociados.
“Algumas famílias tem claramente o direito de pedir que esses acordos sejam revistos, principalmente aquelas que fizeram primeiro, sem advogado e que se sentirem prejudicadas. Algumas têm me procurado para saber se é possível rever o acordo. Não tenho conhecimento destes primeiros acordos, mas sei que eles foram feitos por valores muito baixos dos que os que estão sendo feitos agora. É isso que pedimos na ação coletiva, para que os acordos menores sejam revistos e para que as famílias recebam os mesmos valores”, disse Cíntia.
O fato do Flamengo ter afirmado nas mensagens que sabia dos problemas no CT, mas que não procedeu pelos consertos na parte elétrica apontados pela vistoria também apontam que o clube deveria ter feito tais reformas e evitar a tragédia. O que não surpreendeu em nada a Cíntia Guedes.
“As famílias percebem que isso poderia ter sido evitado, que os dirigentes do Flamengo sabiam e foram alertados, mas nada fizeram. Se eu te disser que causou surpresa (o conteúdo das mensagens), estaria mentindo. Eu acompanhei tudo, estive lá. O que os e-mails dão notícia é que tudo estava errado lá. Gambiarras… isso não nos causa surpresa porque estivemos lá e vimos tudo. A equipe técnica mostrou para quem quisesse ver, que tudo estava ligado no mesmo disjuntor, fios desencapados, lembro que todo mundo ficou assustado. Mas não é surpresa”, disse a coordenadora da Defensoria Pública.
“O fato novo aqui é que eles diziam que não tinha laudo técnico ou documentação sobre essas irregularidades técnicas. E agora se sabe que a administração do Ninho sabia disso há mais de um ano. Eles contrataram profissionais do clube para fazer a vistoria, com o laudo dos eletricistas falando que tinha irregularidade, gambiarra. Problemas graves que colocavam em risco quem estava ali. E tudo isso foi passado para um executivo e tudo isso foi ignorado pelo Flamengo. Agora temos a prova cabal de que eram as pessoas que poderiam ter evitado tudo aquilo”, comentou.
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(Crédito da foto : Alexandre Vidal/Flamengo)