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Gervonta Davis e Coliseu

Jorge Luiz Tourinho

Jorge Luiz Tourinho
Colaborador do Torcedores

1 de novembro de 2020

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Há combates que são definidos por um golpe. Daí a importância dada pela mídia aos boxeadores que tem na pegada cavalar sua principal qualidade. Desde sempre serão encontradas lutas nas quais os vencedores reverteram com um soco encontros nos quais estavam atrás nas papeletas.

Mais uma vez aconteceu. Foi no Alamodome de San Antonio, Texas, na noitada do PBC de 31 de outubro. Em jogo estavam alguns títulos além do WBA super pena. Combate importante que poderia, em tese, concorrer a ser indicado para a luta do ano tal a qualidade dos contendores. O excelente Gervonta Davis, apadrinhado de Floyd Mayweather, vinha sendo dominado pelo também excelente Leo Santa Cruz até que no sexto capítulo de um grande embate achou com um gancho a mandíbula do mexicano e ofereceu ao público um nocaute brutal.

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Davis está no topo da divisão não só por ter dinamite nos punhos. Tem refinada técnica e também é resistente. Santa Cruz perdeu mas mostrou o possível caminho para os próximos adversários do contratado do Money Team: boxear batendo e se mantendo fechado. Davis foi para 24-0 e Leo para 37-2-1. Marquei 49-46 para Santa Cruz até o quinto.

Preliminares interessantes foram: leves – Isaac Cruz (20-1-1) KO1 Diego Magdaleno (32-4). O vencedor é outro jovem mexicano que vai para o toma-lá-dá-cá e pega demais. Aniquilou um oponente que parecia se encaminhar para uma festa à fantasia. Fiquemos de olho nesse Cruz.

Super leves – Regis Prograis (25-1) TKO3 Juan Heraldez (16-1-1). Espetacular boxeador americano. Chegará ao título mundial se conseguir chegar a disputá-lo.

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WBA super leves – Mario Barrios (26-0) KO6 Ryan Karl (19-2). O campeão manteve o cinturão diante de um desafiante atabalhoado que expôs suas limitações. Creio que Prograis possa vencer os dois antes do limite, O detalhe a ser estudado foi o árbitro ter dado sequência a contenda após um choque de cabeças que lesionou o perdedor que havia sofrido um KD pouco antes. Poderia ter parado e ido para as papeletas.

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Coliseu Boxing Club – Guarulhos, SP – 30 de outubro. Em que pese a dificuldade de fazer-se boxe profissional no Brasil precisamos analisar o que ocorreu para tentar contribuir. O main event foi a disputa de títulos brasileiro do Conselho Nacional de Boxe (CNB) e internacional da UBO médio ligeiro. Diego Alan “Mexicano” Ferreira (7-0) W10 Morrama Araújo (5-6). Espera-se de quem vai lutar por qualquer cinturão empenho para triunfar. Talvez por não estarem nas condições físicas ideais para pelejar dez tempos tenham optado por levar em banho maria. Ferreira foi superior desde o início mas limitou-se a vencer os assaltos. Vi 99-89 para ele.

As preliminares foram: pesados – Ricardo Antonio “Pandora” Ramos (2-1) W4 Wallace “Madimbú” Farias (0-1). Pode ter faltado técnica e preparo físico mas ambos se entregaram e buscaram até o fim a vitória. Coração que faltou na luta final do programa. Marquei 39-35 para Ramos.

Penas feminino – Lila Furtado (3-0) W4 Érica Alcântara Souza (0-1) – incompreensíveis as manifestações no canal do YouTube Coliseu Boxing Club sobre o resultado. Claríssimo. Furtado venceu todos os roundes. 40-36. Quem não viu isso deve fazer um curso de formação de juízes de boxe. Ou parar de escrever comentários durante a transmissão.

Cruzadores – Carlos Alberto Miranda (3-0) TKO1 Everaldo Rodrigues (0-1). Empenho também não faltou. Essas três lutas foram melhores do que a final porque todos buscaram vencer com os atributos que dispunham.

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Títulos super médios CNB e Continental das Américas da Federação Americana de Boxe (???) – Joselito “Tatuado” dos Santos (18-12) KO2 Claudiomar Pedra dos Santos (7-8-2). Combate mais estudado. Joselito encontrou a distância e derrubou duas vezes.

Efemérides: 1 de novembro

1988 – Reading, Reino Unido

médios – Tony Collins W José Laércio Bezerra de Lima.

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José Laércio “Blindado” Bezerra de Lima finalizou a carreira com 10-31-1. Nasceu em Cariacica, ES. Como estará hoje? Por onde andará? Parece que se radicou na Argentina.

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