A investigação sobre as causas da morte de Diego Maradona ganhou um novo capítulo no final desta semana. A revista Istoé repercutiu o relatório da junta médica responsável pela averiguação, que diz que o maior jogador da história do futebol argentino morreu ‘abandonado à própria sorte’.
Segundo o relatório, Maradona não estava sendo cuidado apropriadamente pela equipe médica responsável por sua saúde nos dias anteriores à morte. A investigação aponta que os médicos faziam tratamento ‘inadequado, deficiente e imprudente’ do craque e que este teria começado a morrer 12 horas antes de quando teria sido encontrado sem vida.
O documento de 70 páginas e elaborado por uma equipe de 20 peritos apontados pela Procuradoria-Geral de San Isidro também indica que Maradona ‘sofreu um longo período de agonia’ à espera de ajuda. Para os peritos, se o ex-jogador fosse internado numa clínica apropriada para cuidar da saúde, teria mais chances de ter sobrevivido.
“Levando em conta o quadro clínico, clínico-psiquiátrico e o mal estado geral, deveria ter continuado sua reabilitação numa instituição adequada. Maradona não estava em pleno uso de suas faculdades mentais e nem em melhores condições de saúde ao deixar a clínica. Fora ignorados os sinais de risco de vida que se apresentavam, com cuidados cheios de deficiências e irregularidades”, afirma o relatório.
Na época da morte, em novembro, Maradona estava numa casa depois de deixar a clínica onde fez uma cirurgia de um hematoma na cabeça. A investigação determinará qual a causa da morte e quais acusações serão impostas aos envolvidos no caso.
LEIA MAIS
“Não queria mais viver”: Sobrinho de Maradona relata sofrimento de craque argentino no fim da vida
