A lateral-esquerda do Grêmio é um setor altamente criticado pelos torcedores. Porém, a atual titularidade de Bruno Cortez tem um argumento importante para os críticos. Conforme o dispositivo contratual da negociação de compra de Diogo Barbosa junto ao Palmeiras, os gaúchos são obrigados a comprar uma parte dos direitos econômicos do atleta caso ele participe de 60% dos jogos da temporada na linha inicial. Ou seja, a atual escolha do técnico Tiago Nunes por Cortez deverá gerar uma economia no final de 2021.
Desde a chegada do treinador em Porto Alegre, os três jogadores da função disponíveis no grupo foram testados. Dessa forma, a escolha de Tiago foi feita com base em critérios técnicos, mas fabricará consequências financeiras importantes. Segundo o dispositivo do acordo com o Palmeiras, feito em 2020, o Grêmio precisará pagar um valor próximo a 750 mil euros (R$ 4,5 milhões) se o lateral-esquerdo contratado estiver em 60% dos jogos como titular na temporada. Dessa forma, os gremistas comprariam mais 12,5% dos direitos. Em 2022, o mecanismo prevê os mesmos números e moldes.
Dessa forma, se Diogo Barbosa assumir a titularidade no clube em 2021 e 2022, o tricolor precisará desembolsar mais R$9 milhões. Como resultado, os gaúchos terão adquirido 50% dos direitos econômicos do atleta de 28 anos por um valor próximo a R$20 milhões. Desses, R$10 milhões foram pagos em 2020 no momento da contratação junto aos paulistas. Atualmente, o camisa 32 foi titular em 36% dos jogos da temporada. Se mantiver a média, o Grêmio não precisará fazer o investimento previsto contratualmente.
A briga de Diogo Barbosa
Para conquistar a titularidade no Grêmio, Diogo Barbosa precisará superar pelo menos dois rivais de posição. Hoje, Bruno Cortez é o dono do lado esquerdo da defesa. Até aqui, o lateral campeão da América pelo clube em 2017, soma 18 jogos como titular, ou seja, 60% dos jogos do ano. Já Guilherme Guedes, muito pedido pelo torcedor gremista, soma 3% dos confrontos como titular na temporada. Isso se deve ao fato de ter sido titular apenas uma vez, na Recopa Gaúcha, quando o clube colocou reservas em campo.
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