Federações de Futebol que pretendiam se manifestar contra a discriminação através da braçadeira de capitão, que viria com as cores do arco-íris, anunciaram no início do dia a desistência da ação. Isso por conta do aviso da Fifa de que, no caso do uso da braçadeira, os capitães seriam punidos com cartão amarelo.
Segundo o comunicado das federações, “a Fifa deixou muito claro que imporá sanções esportivas se nossos capitães usarem as braçadeiras no campo de jogo. Como federações nacionais, não podemos colocar nossos jogadores em uma posição em que possam enfrentar sanções esportivas, incluindo cartões amarelos, por isso pedimos aos capitães que não tentem usar as braçadeiras nos jogos da Copa do Mundo da FIFA”.
“Estamos muito frustrados com a decisão da Fifa, que acreditamos ser sem precedentes – escrevemos à Fifa em setembro informando sobre nosso desejo de usar a braçadeira One Love para apoiar ativamente a inclusão no futebol, e não tivemos resposta”, completa o texto.
Desta forma, o capitão inglês Harry Kane usou uma braçadeira sem as cores da bandeira LGBTQIA+, mas com a frase “no discrimination” (não à discriminação, em tradução livre).
A punição da Fifa, porém, não se aplica aos meios de comunicação e nem aos jornalistas presentes no local
A ex-jogadora da seleção inglesa Alex Scott, que agora é comentarista da emissora de televisão britânica BBC Sports, porém, não se intimidou.
Alex fez questão de entrar em campo ao vivo no estádio Khalifa para a transmissão da estreia inglesa com uma braçadeira com as cores do arco-íris e a mensagem “One Love”.
Além da Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Holanda e Suíça também pretendiam usar a braçadeira durante os jogos, mas recuaram diante da punição imposta pela Fifa.

