Uma grande mulditão se aglomera no entorno da rua 25 de Maio, em Buenos Aires. Os apaixonados pelo futebol tentaram se aproximar dos ônibus que iriam transportar a seleção. Em meio a multidão, os atletas foram até Villa Lugano, onde embarcaram em helicópteros. Enquanto Messi e cia sobrevoam a capital argentina, o Ministério da Segurança contabilizou o número de 4 milhões de pessoas no local.
Para obter uma maior visibilidade da festa, um grupo de jovens escalou a fachada do Teatro Cólon. Postes, placas, sinais e monumentos também viraram pontos de apoio e de assentos. Os agentes de trânsito fecharam ruas no entorno do Obelisco, com o intuito de garantir uma maior ordem no trânsito de Buenos Aires. Todo o esforço foi em vão, em meio a um grande engarrafamento ocasinado pela torcida da Albiceleste.
A Associação de Futebol da Argentina (AFA) buscou uma nova alternativa para a caravana tricampeã. A rota dos jogadores acabou sendo alterada devido ao grande fluxo de torcedores nas ruas. Com um calor intenso, muitos argentinos procuram um copo d’água em residências no entorno, o que traz um número maior de participantes para a festa.
A festa da Argentina segue sem nenhum incidente grave. Segundo o Ministério da Segurança de Buenos Aires, sete pessoas ficaram feridas. “Sete foram transferidos devido a politraumatismos. São pessoas que caíram de semáforos ou árvores”, declarou o diretor de Emergências Roberto Cohen, em entrevista ao ElDiarioAR.
Para garantir um melhor lugar na celebração, alguns optaram por acampar no entorno. Personagens mais idosos, que possuem dificuldade de locomoção, tentam chegar até as Avenidas 9 de Julho e 25 de Maio, onde haverá o encontro entre torcida e jogadores.
Feriado nacional
O governo argentino decretou feriado nessa terça-feira, o que potencializou ainda mais o evento. Torcedores dançam, cantam, tocam instrumentos musicais e se divertem com copos de cerveja, o que era proíbido no Catar, país sede da Copa do Mundo.
Outros utilizam celulares para acompanhar o trajeto da delegação argentina. Ambulantes oferecem réplicas da taça e de outros ítens associados ao futebol portenho. O goleiro Emiliano Martínez foi canonizado no local e apeliado como “San Dibu Martínez”.
Para controlar a multidão, que busca comemorar o triunfo da Albiceleste, foi organizado um forte esquema de segurança, que inclui o policiamento local aliado às forças federais. Foram mobilizados 3.300 militares, além de supote médico.
Houve um questionamento sobre o encontro entre o presidente Alberto Fernández e a Seleção. Chegou a ser cogitado que a Albiceleste não iria se encaminhar para a Casa Rosada, no entanto, houve um diálogo que reuniu a assessoria da presidência com representantes da comissão técnica e da AFA.
