Home Futebol Botafogo: Tchê Tchê revela luta contra depressão quando jogava no São Paulo; veja detalhes

Botafogo: Tchê Tchê revela luta contra depressão quando jogava no São Paulo; veja detalhes

Jogador do Glorioso concedeu entrevista ao portal “Players Tribune”

Erick Montezano
Colaborador do Torcedores

O volante Tchê Tchê fez duras revelações sobre os tempos em que defendeu as cores da camisa do São Paulo. Em entrevista ao portal “Players Tribune”, o jogador do Botafogo afirmou que precisou lidar com a depressão assim que chegou ao clube do Morumbi:

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“No começo da minha passagem pelo São Paulo eu levantava de manhã para ir treinar, mas não tinha vontade. Nem de treinar, nem de joga, tá ligado? Fui ficando sem ânimo pra fazer as coisas, não queria sair de casa. O sofá e o colchão da cama me sugavam como se fossem areia movediça. Eu só afundava e chorava. Chorava o tempo todo.”

E continuou, dizendo:

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“Mas a minha vida estava toda certinha, eu tinha tudo que precisava. De onde vinha aquele sofrimento? Meu Deus do céu! Uma hora comecei a sentir saudade da pessoa que eu era de verdade. Aquele Danilo não era eu, era menos que eu. Meus pais passaram a ir diariamente ficar comigo na minha casa. Eles deixavam de fazer as coisas dele para estar lá. Minha esposa também, o tempo todo do meu lado tentando me ajudar. Mas eu não conseguia mais sentir o amor deles. Nada do que eles falavam parecia ter significado para mim.”

Volante do Botafogo deu mais detalhes do momento que passou no São Paulo

Apesar de todo o sofrimento na época, o volante seguiu cumprindo as suas obrigações com o São Paulo e preferiu por não revelar o caso ao clube paulista:

“Eu vivi cinco meses nessa amargura, nesses extremos opostos: eu era um ser-humano triste se obrigando a parecer um profissional feliz e sendo julgado por milhões de pessoas a cada três dias. E não é que eu estivesse passando a noite na farra, bebendo e tal. Não era isso. Eu estava deprimido. E me sentia culpado por estar.”

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E finalizou, dizendo:

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“Muitas vezes, mesmo nesse estado psicológico miserável, eu conseguia jogar bem, ajudava o time a vencer. Não queria que ninguém percebesse a minha situação. Ficava com o pessoal no vestiário, na resenha e tudo mais, fingindo estar tudo normal. Só eu tinha noção do tamanho do vazio na minha alma. Quando terminava a partida, eu voltava para casa chorando, sozinho, dirigindo meu carro, tentando entender o que estava acontecendo.”

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