Principal estrela do Grêmio, Luis Suárez vem dominando as manchetes da mídia esportiva não só no Rio Grande do Sul como também em todo o Brasil. Afinal, não é todo dia que um astro do futebol mundial vem parar por aqui. Em 2014, o centroavante uruguaio também foi tema de debates em todos os veículos por um jogo em nosso país. Mas por uma razão negativa.
Na Copa do Mundo de 2014 disputada no Brasil, o Uruguai enfrentava a Itália pela última rodada da fase de grupos do Mundial. Com um gol de Godin, a Celeste Olímpica derrotou a Azzurra por 1 a 0 na Arena das Dunas, em Natal. Dessa forma, a seleção sul-americana garantia a classificação para as oitavas-de-final. Contudo, o jogo daquele 24 de junho de 2014 é bem mais lembrado por uma atitude inusitada.
Assim, um pouco antes do gol da vitória ser marcado pelo Uruguai, Suárez mordeu o ombro do zagueiro Giorgio Chiellini numa disputa sem bola na grande área. Posteriormente, El Pistolero seria punido por nove partidas sem poder defender a seleção do Uruguai, além de ficar quatro meses sem jogar.
“Me trataram como um delinquente”, lembrou Suárez
Na época, Suárez era jogador do Liverpool e no mês seguinte firmaria vínculo de cinco anos com o Barcelona, iniciando sua consagradora passagem pela equipe catalã apenas em outubro de 2014. Entretanto, a punição da Fifa estava em vigor. “Quando acertei com o Barcelona, não pude ir ao estádio assinar o contrato. Não é compreensível o que a Fifa fez, por isso minha dor e a minha tristeza”, lamentou Suárez, em entrevista para a revista Placar.
Nesse sentido, Luis Suárez se lembrou do episódio mais polêmico de sua carreira. Então, atribuiu os ataques de ira contra Chiellini à pressão para ganhar a partida diante da Itália em Natal. Afinal, se não conseguisse a vitória, a Celeste Olímpica estaria eliminada da Copa do Mundo. Desse modo, na hora atribuiu uma responsabilidade e um sentimento de culpa caso se despedisse precocemente do Mundial.
Então, o hoje centroavante do Grêmio recordou a forma como lidaram com o atacante depois da partida diante da Itália. “Não poder entrar em um recinto esportivo ou estar com meus companheiros, isso foi o que mais doeu. Me trataram como um delinquente, e isso doeu a mim e minha família”, declarou Suárez.
O centroavante deixou a delegação e foi para Montevidéu dois dias depois do jogo diante dos italianos. Aliás, da capital uruguaia viu a eliminação de sua seleção para a Colômbia no Maracanã. Então, passou a fazer sessões com uma psicóloga para evitar novos ataques de ira, cujo tratamento já foi encerrado. Suárez também elogiou o ex-técnico da Celeste Olímpica, Óscar Tabárez, que o ajudou a se equilibrar através de suas lições.

