Ancelotti, em coletiva na seleção brasileira (Rafael Ribeiro - CBF)
Carlo Ancelotti fez questão de enaltecer o papel tático de Richarlison em Equador 0 x 0 Brasil. Embora o atacante tenha passado em branco, situação que rendeu críticas nas redes sociais, o esforço praticamente inesgotável de ajudar na marcação agradou o técnico. Neste cenário, houve um forte desgaste, motivo pelo qual Matheus Cunha entrou em campo na segunda etapa.
“Creio que as condições foram complicadas para fazer um jogo combinado. Poderia ter sido melhor na frente, mas temos que também levar em conta a força do rival. O Equador jogou uma boa partida, assim como nós. O que falamos antes da partida, eles tentaram fazer. A equipe jogou bem. Na minha opinião, não cedemos oportunidades claras a uma equipe forte.”, disse Ancelotti, em coletiva de imprensa.
“Foi uma partida muito boa a nível defensivo, vi a equipe melhor com a bola, com um jogo um pouco mais fluído. As substituições foram para dar mais energia. Richarlison e Gerson trabalharam muito forte com muito compromisso defensivo, as mudanças foram para dar mais energia para a equipe, apenas isso.”, acrescentou.
Condições na estreia de Ancelotti
Além da falta de entrosamento, causada pelo curto período de trabalho, o Brasil enfrentou o forte calor do Equador. Na visão de Ancelotti, as condições do gramado também não estavam adequadas para o desempenho projetado antes da partida. Mesmo assim, o nível físico mostrado pelos jogadores, que não enfrentaram a altitude, também ganhou o reconhecimento do italiano.
“O Equador defendeu bem, não foi tão simples achar espaço entrelinhas, dificuldade na saída, nem sempre tivemos a bola limpa no último terço. Não quero colocar desculpas, mas o campo não foi tão simples de se jogar nestas condições. As viagens aqui são maiores, isso te penaliza um pouco. A nível físico, as duas equipes estiveram muito bem. Se tivermos que jogar na altitude, não sei o que poderia acontecer.”, afirmou.
Sentimento em dirigir o Brasil
Dono de uma carreira repleta de momentos históricos, Ancelotti, após vários anos no futebol, sentiu uma sensação nova. Empolgado com o atual projeto focado no ciclo de Copa do Mundo, o comandante da seleção aproveitou para ressaltar o privilégio atrelado ao trabalho de recolocar a seleção nos eixos.
“Minha primeira partida comandando uma seleção, meu coração sentiu algo especial. Estive no banco em mais de 1800 partidas e esta foi especial. Creio que posso fazer uma avaliação desse primeiro período, fiquei feliz com a recepção. Me sinto encantado em trabalhar com a CBF e, para mim, é um presente estar aqui.”, externou.

