Home Opinião Gabriela Brino: Jesualdo escolhe caminho mais difícil no Santos. E isso pode ser bom sinal

Gabriela Brino: Jesualdo escolhe caminho mais difícil no Santos. E isso pode ser bom sinal

Técnico português não faz boa estreia, mas implantar suas ideias requer tempo…

Gabriela Brino
Colunista do Torcedores.com.

Jesualdo Ferreira optou pelo caminho mais difícil neste início de trabalho pelo Santos: implantar suas ideias de jogo, sem acionar o piloto automático depois do terreno fértil deixado por Jorge Sampaoli.

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E o resultado esperado não virá em duas semanas de treinamentos. Os atletas precisam de tempo para absorver as novidades (mesmo cenário do início de 2019) e alguns testes só têm efeito verdadeiro em jogos, por mais alto que seja o nível das atividades no CT Rei Pelé (não houve qualquer amistoso na pré-temporada).

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A estreia com 0 a 0 diante do organizado Red Bull Bragantino foi frustrante, não somente pelo resultado, mas principalmente pela falta de criatividade no ataque e por um segundo tempo bagunçado, de ligações diretas e time espaçado, algo raro na temporada passada. Os visitantes mereceram vencer e pararam em Everson e no travessão.

O jogo serviu para Jesualdo mostrar algo muito pedido pelo torcedor: o uso da base. A principal novidade na escalação foi Kaio Jorge improvisado pelo lado esquerdo do ataque. A opção não surtiu o efeito esperado e o jovem acabou substituído no intervalo após torção no tornozelo.

No mais, as grandes mudanças foram táticas: Felipe Jonatan e Pará subiram e desceram juntos, sem um lateral defensivo e outro ofensivo. Diego Pituca teve maior liberdade e, durante o segundo tempo, chegou a atuar como ponta pela esquerda, com Raniel e Eduardo Sasha à frente e Marinho pela direita – Sánchez foi recuado para ajudar Alison neste momento: outra novidade, outro insucesso.

Arthur Gomes e Derlis González, alternativas nos minutos finais, não renderam e mostraram a falta feita por Soteldo. O Santos, inexplicavelmente, liberou seu camisa 10 para o Pré-Olímpico pela Venezuela, enquanto a própria seleção brasileira teve várias convocações barradas.

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Como disse Jesualdo na rápida entrevista coletiva na Vila Belmiro, a saída é trabalhar para encontrar soluções “caseiras”, sem depender de reforços no futuro. Além de Soteldo, Lucas Veríssimo e Madson foram desfalques.

O português não abre mão do seu estilo, conservador em relação a Sampaoli, na busca por um time mais equilibrado e pragmático. Escalar um 4-3-3 com Pará atrás e Felipe Jonatan à frente, e Tailson no lugar de Soteldo seria o mais simples. E optar pelo complexo parece bom sinal. É só lembrar do ano passado…

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