Home DESTAQUE Allan Abi Madi: Mercado mostra um Flamengo ‘europeu’ em outro patamar

Allan Abi Madi: Mercado mostra um Flamengo ‘europeu’ em outro patamar

Depois de um período de dificuldade, o Flamengo se estruturou e passou a ser um clube em outro patamar no futebol brasileiro

Allan Abi Madi
Colunista do Torcedores.com.
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Voltando um pouco no tempo, podemos recordar situações constrangedoras que o rubro-negro passou pela falta de organização e dificuldade financeira.

Quem não se lembra do Vampeta: “eles fingem que pagam, eu finjo que jogo”?

Ou do Felipão falando para o Flamengo “vender a Gávea” para contratar Kleber Gladiador, pois não tinha dinheiro para nada, segundo o treinador.

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Sem falar de jogadores, muitos até rubro-negros, que optaram por atuar em outros clubes pela falta de estrutura do Fla.

Mas o tempo passou! O Flamengo apertou o cinto, passou por dificuldades, se organizou, se estruturou, e virou uma potência financeira no país.

Hoje, o clube colhe os frutos. Montou uma grande equipe em 2019, conquistando títulos importantes, batendo recordes no Brasileirão.

Na atual temporada, o rubro-negro reforçou ainda mais seu elenco campeão, tirando, inclusive, jogadores de destaque de rivais nacionais.

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Mesmo mantendo sua raiz brasileira, como time popular que é, principalmente com seus torcedores, que se fantasiam, viram sósias, idolatram da forma tupiniquim, o Fla tem uma metodologia europeia.

Passamos anos falando do equilíbrio das grandes equipes do futebol brasileiro, tanto nas competições, como na montagem de elencos.

Mas o Flamengo vai se distanciando de uma forma que só era vista na Europa, como o Bayern, que contrata jogadores do seu maior adversário na Alemanha.

Como Real Madrid e Barcelona na Espanha, Juventus na Itália e PSG na França. Times que estão em outro patamar em seus países, assim como o Fla no Brasil.

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CONTRATAÇÕES QUE COMPROVAM A TESE:

No futebol brasileiro, Goiás e Athletico são conhecidos por dificultarem venda de jogadores. Pois foi de lá que o rubro-negro carioca trouxe Michael e Léo Pereira.

O Grêmio tentou contratar Pedro. Corinthians e Palmeiras tentaram fechar com o zagueiro Gustavo Henrique, sem falar no Santos, que tentou a renovação de contrato. Ambos optaram pelo Flamengo.

O rubro-negro foi na Europa contratar Gabigol em definitivo, por cifras de padrão europeu. O Arsenal penou para tirar Pablo Marí do Fla, que fez um negocio muito lucrativo.

O zagueiro espanhol, que chegou na Gávea por 1,27 milhões de euros, acaba de ser emprestado por 5 milhões de euros. O Flamengo deve receber ainda uma quantia aproximada de 10 milhões de euros pela venda definitiva ao clube inglês.

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Sem falar nas renovações de contrato de Éverton Ribeiro e Bruno Henrique.

Com metodologia europeia na comissão técnica, estrutura no nível dos principais clubes do mundo, o patamar flamenguista continua subindo no continente sul-americano.

Essa distância que o Flamengo começa abrir para seus rivais não pode ser vista como prejudicial ao futebol brasileiro, mas como exemplo.

Não se deve achar formas de brecar o crescimento e distanciamento do Fla pelos seus méritos, mas cobrar dirigentes de outros clubes para que sigam o exemplo e alcancem o patamar rubro-negro.

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Hoje, vejo o Flamengo com alma e raiz brasileira, mas se consolidando como um clube de padrão europeu.

A temporada vai dizer se dentro do campo também será assim. O rubro-negro precisará seguir conquistando títulos importantes, tendo grandes atuações.

O Flamengo atual vem mudando a mentalidade no nosso futebol: dos dirigentes, técnicos, jogadores, torcedores e até da imprensa.

Que seja um grande passo para melhorar o futebol brasileiro, atrasado em vários aspectos.

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Por mais “Flamengos” no Brasil e por um Flamengo cada vez mais forte mundialmente.

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Allan Abi Madi nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista, colunista no Torcedores.com, comentarista da Rádio Opinião, e gestor da Freedom Group, empresa de Assessoria de Imprensa e Marketing Digital. Na internet, tem seu canal Papo de bola. Depois de atuar como advogado por muitos anos descobriu que era no jornalismo esportivo que morava sua verdadeira paixão. Participou da cobertura de Copas do Mundo, Olimpíadas, e outros eventos do esporte brasileiro. Focado sempre em dar informação e emitir opinião para quem faz do esporte a melhor coisa do mundo, o torcedor.

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Foto: Divulgação

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