Home Futebol Capitã da seleção brasileira sub-20 nasceu nos EUA e é esperança para time principal

Capitã da seleção brasileira sub-20 nasceu nos EUA e é esperança para time principal

Volante Angelina defende o Palmeiras e já soma vários títulos na carreira

Papo de Mina
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Por Tayna Fiori, colaboradora em São Paulo

Campeã brasileira, paulista, capitã da seleção sub-20 e recém-convocada para o Campeonato Sul-Americano Feminino Sub-20. Um currículo recheado para quem tem apenas 20 anos. Angelina Constantino, nascida em Nova Jersey (EUA) veio cedo para o Brasil, e iniciou sua trajetória no Vasco da Gama, em 2012.

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Na seleção, a primeira convocação aconteceu aos 14 anos, para o sub-15. “Foi o melhor momento da minha carreira, até hoje. Graças a Deus, estou conseguindo dar meu melhor e aproveitar as oportunidades que a seleção tem me dado. Procuro aproveitar da melhor maneira possível e quero continuar servindo”, disse, em entrevista ao Papo de Mina.

Volante – uma posição carente na seleção principal-, Angelina é considerada uma das esperanças, e já tem a confiança de toda comissão e atletas do sub-20, sendo uma das líderes e capitã do time.

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Questionada sobre o final da “geração Marta”, a jogadora olha com bons olhos também para suas companheiras de time: “Todas nós [do Sub-20, Sub-17 e Sub-15] trabalhamos para poder fazer história na seleção, tanto na base quanto na principal. Ficaria muito feliz de poder fazer algo diferente pela seleção. Me inspiro em todas as jogadoras. Elas fazem muito pelo futebol feminino, lutam até o final. Fazem história pela modalidade”.

Angelina está na convocação para a disputa do Campeonato Sul-Americano Sub-20, que acontece na Argentina, entre os dias 4 a 22 de março. O Brasil é a cabeça de chave do Grupo B junto com Chile, Uruguai, Paraguai e Peru.

O caminho de Angelina

“Talvez teria sido diferente [se tivesse ficado nos Estados Unidos]. Mas eu sou muito grata por ter vindo para o Brasil e estar vivendo o que estou”.

Angelina via Bruno, seu irmão, atuar nas escolinhas e tinha o sonho de ser uma atleta de futebol. Ela entrou na mesma escolinha que o irmão e começou a se dedicar à modalidade. Depois de um tempo, Bruno acabou desistindo do futebol, enquanto a volante continuava firme e forte. Essa perseverança levou Angelina até a base do Vasco da Gama, onde ficou quatro anos, de 2012 a 2016.

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“Estava a procura de um clube feminino para poder jogar. Meu treinador [da escolinha] conseguiu um teste para mim no Vasco e eu consegui passar”.

Depois do time carioca, seu destino foram as Sereias da Vila, onde ganhou projeção na carreira. Com apenas 17 anos, Angelina conquistou seu primeiro título no profissional, o Brasileiro de 2017. No ano seguinte venceu o Paulista e ainda disputou a Libertadores.

“Tenho um carinho enorme, com certeza! Foi meu segundo clube. Vivi grandes coisas e aprendi muitas, está na minha memória”, pontuou a volante sobre sua passagem pelo Santos. No final de 2019, Angelina foi eleita a melhor meio-campista do Campeonato Paulista. Em suas redes sociais, a atleta agradeceu pelos três anos no clube.

Novos desafios no Palmeiras

Angelina foi anunciada no Palmeiras como um dos reforços alviverdes para 2020. No entanto, ela só atuou em um jogo até então. “Acho que é um crescimento na minha carreira ter vindo para o Palmeiras. Vim em busca de novos desafios e conquistas. Todos estamos bem determinados para conquistar títulos”, comentou.

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Pelo time alviverde, Angelina volta a atuar com alguns rostos conhecidos. A atleta reencontra a goleira Jully, a lateral Isabella e as meio-campistas Ary Borges, Juliana e Karla. Todas atuaram juntas pela seleção.

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