Nesta semana começou o Seis Nações (Six Nations) – torneio entre os seis principais países da Europa — 2020, e arrisco a dizer que é a melhor e mais emocionante primeira rodada dos últimos anos.
Por Giuliano Passini, fundador da Alma Rugby
Estou morando na Itália, gerando conteúdo e colaborando com um clube aqui perto de Verona, o Valpolicella Rugby Club. E foi aqui, com meus irmãos do clube italiano, que assisti aos jogos do último fim de semana.
O primeiro, País de Gales contra a Itália, para desespero dos torcedores italianos, foi o jogo menos disputado. Acompanhei e sofri junto ao ver Gales aproveitando as oportunidades no campo de ataque e sempre somando pontos.
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Atitude é um dos grandes exemplos do rugby para a vida. Já com 82 minutos jogados, ou seja, o jogo já poderia ser encerrado, Gales continuava atacando, apesar de a vitória com ponto bônus – e mais de 4 tries – estar garantida. Isso é respeito ao adversário, seriedade até o fim.
Itália ficou no donut 0, 42 a 0 para Gales no Seis Nações, com um grande jogo do ponta Josh Adams, que fez um hat-trick (3 tries). Tristeza por parte dos amigos italianos, mas admiração ao ver um grande jogo e aplausos nas boas jogadas do adversário. Isso é ALMA!
Na sequência, o segundo jogo do sábado, Irlanda e Escócia. Muito bom ver os escoceses jogando bem. Daria para ter terminado o jogo empatado, ou quem sabe vencido, se não o erro do craque e capitão da Escócia. O craque, isso mesmo, craque também pode errar, deixou a bola escapar de suas mãos e cair pra frente na hora de apoiar a bola para o try que já estava feito.
A Irlanda é uma excelente seleção e não pode desperdiçar contra eles. Na resenha que fiz da rodada, analiso uma jogada brilhante que marcou um de seus tries. Até o árbitro caiu na finta. Bem planejada e ainda melhor executada. Primeiro tempo terminou 10 a 6, e a diferença não foi muito maior no fim de jogo, Irlanda ganhou por 7 pontos de diferença, 19 a 12.
França x Inglaterra
A partida do domingo do Seis Nações foi aquela que eu — e muitos fãs de rugby — queria ter assistido na Copa do Mundo de Rugby do Japão. França e Inglaterra, que foi cancelado pelo furacão que eu vivi pessoalmente em Tóquio, esteve à altura do que se esperava. Os franceses, que jogarão em casa na próxima Copa, em 2023, começam o novo ciclo muito bem.
Jogaram muito, não deram chances para os ingleses que, no início, ainda não tinham tirado o donut do placar. Foi ai que veio a vontade e a atitude do monstro Jonny May. Em menos de 10 minutos, pegou duas bolas, fez dois tries e deu novamente esperança para a Inglaterra. Mas não deu, não, dia dos Galos, que venceram seu rival histórico com placar final 24 a 17.
Esse final de semana tem, pelo Seis Nações, no sábado Irlanda x Gales, jogando no Aviva Stadium, em Dublin, na Irlanda, e no Murrayfield, em Edimburgo, a Escócia joga em casa contra a Inglaterra. Domingão é dia de macarronada, pasta aqui na Itália para acompanhar os irmãos encarando a França, em Paris, no Stade de France.
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