O goleiro Rafael, hoje no Atlético-MG, falou nesta sexta-feira pela primeira vez sobre sua saída polêmica do Cruzeiro. Na época quando apresentado pelo Galo, preferiu não entrar em detalhes sobre o tema. Hoje, em entrevista para a Rádio 98FM, falou abertamente sobre a decisão tomada.
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Formado na base do Cruzeiro, Rafael acumulava 12 anos de casa. Apesar de reserva do ídolo Fábio, sempre ganhou elogios quando precisou ser acionado. Após um 2019 difícil para o clube, envolvido em uma grave crise financeira, muitos sofreram com o atraso de salários.
Após acionar a Raposa na Justiça do Trabalho, rescindiu seu vínculo e logo acertou sua ida para o Atlético. A medida tomada por Rafael geraram críticas da torcida e do gestor Carlos Ferreira, que chamou o jogador de ingrato e ganancioso.
“As pessoas sempre julgam, falam que eu fui Judas, que eu sou mercenário, mas tenho a consciência muito tranquila. Na verdade, deixei muita coisa de dinheiro. Não foi por conta de dinheiro, foi uma questão profissional”, diz.
“Sempre tentei resolver toda essa situação minha de forma amigável, de forma correta. Para isso, tive inúmeras reuniões, onde várias coisas ditas não foram cumpridas, que mudavam a todo tempo. Era uma decisão que eu já tinha tomado, de seguir a minha vida e poder buscar novos objetivos e novos sonhos. Eu já tinha 12 anos no clube e precisava de seguir, já que o clube já tinha feito a opção de seguir algumas linhas que conversaram comigo e não cumpriram”, completou.
Vida nova
Diante do Villa Nova, no último sábado, Rafael fez a sua estreia pelo Atlético. Sob o comando de Jorge Sampaoli, o alvinegro venceu por 3 a 1. O arqueiro quer agora olhar para frente e dar andamento na carreira.
“Não guardo mágoa, sigo minha vida, e vou ter muito tempo para mostrar que sou um cara correto. Com o tempo as pessoas vão ver que tomei a melhor decisão para minha carreira, para minha felicidade. Estou muito feliz com a decisão que eu tomei, com a oportunidade que estou tendo no Galo. Lisonjeado por isso, e agora é seguir trabalhando, sem mágoas e sem ressentimento”.
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