Home Futebol Dono da melhor campanha do Paulistão, Santo André pode não ter boa parte do elenco após parada

Dono da melhor campanha do Paulistão, Santo André pode não ter boa parte do elenco após parada

Com os contratos dos jogadores chegando ao fim, Santo André corre o risco de não ter o mesmo time caso o Paulistão seja prolongado

Adriano Oliveira
Sou colaborador do Torcedores.com desde 2018, com mais de 3.600 textos publicados, porém escrevo sobre futebol há mais de 15 anos. Mas é claro que a paixão por este esporte começou bem antes disso. Hoje, aos 51 anos de idade, o futebol ainda me faz sentir a mesma coisa que eu sentia aos 10.
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Pela última rodada disputada do Campeonato Paulista, o Santo André foi derrotado fora de casa pelo Mirassol por 1 x 0. Mesmo com o revés no interior do estado, o Ramalhão somou 19 pontos em dez rodadas, com três derrotas, um empate, seis vitórias e 63% de aproveitamento, ocupando a liderança da classificação geral da competição.

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Restando apenas duas rodadas para o fim da primeira fase, o time do ABC paulista divide com o Palmeiras o primeiro lugar do Grupo B, mas fica na frente do Verdão pelo maior número de vitórias. Com 19 pontos cada, as duas equipes têm três a mais que o Novorizontino, o terceiro colocado.

Devido à pandemia do coronavírus e de modo a conter a disseminação do contágio pela infecção, todas as competições do calendário do futebol brasileiro estão paralisadas por tempo indeterminado. E com os contratos dos atletas se aproximando do fim, o Ramalhão pode ficar sem elenco para a sequência do Paulistão após a parada.

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“Infelizmente, pode acontecer do Santo André não ter equipe para disputar o Paulistão. Se o Paulistão demorar para retornar e retornar em dois, três, quatro meses, fica inviável a participação do Santo André com esse elenco ou com elenco competitivo para brigar pelo título”, declarou o diretor  Edgar Montemor ao portal “Futebol Interior”. E completou:

“O Santo André ainda aguarda uma posição oficial da Federação em relação ao retorno ou não da competição. E o Santo André, não só nós, mas os clubes pequenos que não têm calendário, com certeza. Se essa competição demorar para voltar, os contratos vão terminar. A maioria, 90% dos atletas do nosso clube, tem o contrato terminando em abril. Desde o 7 de abril, que tem dez que terminam, até o final de abril a gente vai ficando com quatro ou cinco jogadores apenas”.

Todos os jogadores foram dispensados pelo clube para permanecer em quarentena por causa do coronavírus e seguem treinando em suas residências para tentar manter a forma física, enquanto aguardam pelo retorno das competições.

“Eu só tenho contrato até o dia 7 de abril. O Paulista é uma vitrine e nosso time estava sendo muito observado, porque fazia grande campanha. O ruim é que todos os outros clubes não vão nos contratar porque não sabem quando vão jogar”, disse ao “Estadão” o zagueiro Luizão, que tinha propostas de clubes da Série B do Brasileirão antes da pausa na temporada.

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A diretoria do Santo André reconhece não ter condições financeiras para disputar o Campeonato Paulista se o torneio for prolongado. O clube diz que não pode pagar mais um mês de folha salarial e que, da mesma forma que outros clubes menores, não tem calendário no segundo semestre do ano.

O Ramalhão também contava com outras fontes de receita, como arrecadação de bilheteria na fase de quartas de final do torneio estadual. Caso o campeonato seja mais longo, a equipe terá de buscar novos atletas ou utilizar jogadores de suas categorias de base.

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