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World Rugby prepara plano para salvar países de colapso financeiro

Paralisação causada pelo Covid-19 afetará grande parte da receita das equipes

André Zanete
Jornalista com um pé no design gráfico, apreciador de uma boa cerveja, fotografo nas horas vagas e um eterno estudante da vida (profundo, eu sei).

O Corona Vírus continua afetando o mundo dos esportes. Cada dia que passa, campeonatos e jogos são adiados, em alguns casos até suspensos. Atletas de diversas modalidades testaram positivo para o Covid-19, o que tem casa dia mais preocupado as entidades regulamentadoras que insistem na paralisação das compoetições. Com isso as equipes deixam de arrecadar e o sinal de alerto começa a percorrer intermente.

Com medo do buraco que o Covid-19  vai deixar nos cofres das associações, a World Rugby está montando um plano de ação para garantir que as principais potências não sejam tão afetadas. Por isso a entidade máxima do esporte está examinando os registros financeiros de todas as equipes do Tier 1, comprometendo-se a ajudar os mais necessitados e priorizando o calendário de amistosos, que gera a maior parte da receita do esporte.

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A Rugby Football Union, entidade reguladora do rugby na Inglaterra, disse essa semana que o prejuízo pode ser de 50 milhões de libras no próximo ano. Já a Austrália deixará de arrecadar 45 milhões de libras se a paralisação continuar até o final de 2020, enquanto a Nova Zelândia enfrentará um déficit de 60 milhões de libras, e a perda de Gales será muito maior que do que o previsto. 

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Membros do comitê executivo da World Rugby e representantes das principais entidades, chegaram a um acordo na última segunda-feira (23), por meio de uma reunião virtual, na qual foi decidido que o comitê precisa apresentar um plano o mais rápido possível, ainda que nenhuma entidade esteja correndo risco financeiro. O lucro da Copa do Mundo de 2020 deve ser de 165 milhões de libras, dando ao órgão os meios para oferecer apoio financeiro.

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O primeiro desafio será traçar planos para as duas janelas de amistosos, julho no hemisfério Sul e novembro no hemisfério norte. Gales joga contra o Japão, no dia 27 de junho, e nos três fins de semanas seguinte Nova Zelândia, Austrália, África do Sul e Argentina recebem seleções que disputam o Six Nations. A Itália joga contra Estados Unidos e Canadá, enquanto os sul-africanos recebem a Geórgia em Port Elizabeth.

“Estamos examinando intensivamente o planejamento para os amistosos de julho”, disse Bill Beaumont, presidente da World Rugby. “Apenas trabalhado em total parceria com as entidades, ligas profissionais e os jogadores que poderemos chegar a uma solução que reduzirá o impacto desse grande desafio”.

É improvável que até o final de abril a World Rugby saiba quantos, e se algum, dos tours irão acontecer, à medida que cabe aos governos locais aprovar a entrada de equipes visitantes. Duas propostas já estão sendo trabalhadas, com a primeira postergando os jogos para agosto.

A segunda alteraria a estrutura dos amistosos de novembro. No atual calendário, os países sedes ficam com todo a renda da partida, a menos que seja o quarto jogo. Ainda que não tenha jogos no hemisfério sul, e a Europa siga com sua programação normal, o que resultaria em um alto arrecadamento, a World Rugby está buscando um jeito de repartir os rendimentos. Uma solução encontrada é que as equipes do hemisfério sediem algumas partidas, o que depende do trabalho em conjunto das seleções, dos clubes e dos jogadores

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Enquanto as partidas entre as seleções sejam a prioridade, os jogos entre clubes que voltarão primeiro serão aqueles que não necessitam de viagens para fora do país, o que dá uma chance aos campeonatos da França e da Inglaterra para retornarem antes do Pro 14.

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