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Em meio a quarentena contra o coronavírus que interrompeu o futebol brasileiro, o zagueiro Nino tem um excelente motivo para comemorar. O jogador completa nesta terça-feira (24), um ano vestindo a camisa do Fluminense. Anunciado em fevereiro do ano passado, Nino chegou por empréstimo do Criciúma e desconhecido pela torcida, sem nenhum cartaz. No entanto, o jovem de 22 anos contou com a sorte para ter oportunidades e se firmar na equipe titular. De lá para cá foram 56 jogos com a camisa tricolor e dois gols marcados. Como um dos destaques da equipe no ano passado, o zagueiro conseguiu uma convocação para a seleção olímpica brasileira e disputou o torneio pré-olímpico como titular do técnico André Jardine.
Claro que nenhum jogador comemora a lesão de um companheiro, mas Nino soube aproveitar as oportunidades que teve graças as lesões de Digão e Matheus Ferraz, na última temporada. Em tese, o jogador chegaria para ser terceira ou quarta opção do elenco tricolor. Com os desfalques, entrou no time, ganhou confiança e não saiu mais. A estreia foi justamente em um Fla x Flu, no dia 24 de março, pelo Campeonato Carioca. O primeiro gol veio contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil. Desde então, o jogador não perdeu mais a vaga de titular. Foram 50 jogos em 2019, sempre mantendo um bom nível de atuação, além de regularidade. A boa temporada fez de Nino um atleta respeitado e querido pela torcida.
“Há um ano eu fazia a minha estreia com a camisa do Fluminense! De lá pra cá foram 56 jogos, sonhos realizados e muita gratidão por tudo o que tenho vivido. Espero ainda viver momentos muito especiais aqui!”, escreveu o jogador em uma de suas redes sociais.
Reconhecendo a boa temporada do jogador e sabendo que Nino tem idade para se valorizar, a diretoria fez um esforço para firmar com o zagueiro um contrato de três anos. O Fluminense desembolsou R$ 5 milhões por 60% do direitos do zagueiro, que pertencia ao Criciúma. Após o disputar o pré-olímpico com a seleção, Nino estreou na atual temporada contra o Moto Club, pela Copa do Brasil, quando marcou o seu segundo gol pelo tricolor. Desde então foi titular e jogou todos os 90 minutos nos cinco confrontos seguintes.
Nino pensou em desistir da carreira
O zagueiro foi revelado pelo Criciúma, em 2016. Pelo time profissional da equipe catarinense fez 80 jogos e marcou um gol. Sua temporada de mais destaque foi em 2018, quando chamou a atenção do Fluminense. Mas nem tudo foi fácil para que o zagueiro pudesse hoje ser um dos destaques da equipe tricolor. Quando foi apresentado oficialmente pelo Fluminense, se emocionou ao lembrar do momento em que quase desistiu de jogar futebol, quando estava na base do Mogi Mirim, de São Paulo. Ele não segurou as lágrimas ao agradecer o apoio de sua família.
“Sou jogador de 21 anos, de Recife, saí de lá muito cedo para jogar no Mogi Mirim, em São Paulo. Muitas vezes pensei em desistir, estava disposto a isso. Já tinha colocado na minha cabeça, e se não fosse meu pai, o apoio da minha família, e Deus na minha vida, hoje eu não estaria aqui. Há cinco anos eu não estava sendo relacionado para os jogos no Mogi Mirim, estava triste, querendo desistir do meu sonho de infância, e tive a força da minha família para continuar. Então eu estar aqui hoje é pelo apoio da minha família. Me emociona porque realmente eu estava muito perto de desistir”, disse emocionado na época o zagueiro.
De lá para cá, Nino não só se firmou como titular como realizou o sonho de vestir a camisa da seleção brasileira, sendo titular em um torneio pré-olímpico. O jogador foi uma indicação do técnico Fernando Diniz. Ao que tudo indica, o zagueiro é titular na equipe do técnico Odair Hellmann, enquanto Digão, Matheus Ferraz e Luccas Claro brigam pela outra vaga. Agora, o sonho do zagueiro de 22 anos é ser convocado pela seleção brasileira principal.
