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Campeão de tudo pelo Inter e ídolo da torcida, Alex viveu o outro lado da moeda com o pesado sofrimento ao longo de 2016, quando sentiu na pele a frustração do inédito rebaixamento da história do clube. Nesta quarta-feira, ele contou bastidores e fez revelações graves sobre a campanha daquele ano em entrevista ao Bola Nas Costas, da Rádio Atlântida.
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Sem citar nomes, o ex-meia garantiu que estava sendo boicotado pela direção e que um dos treinadores da época mandou um determinado jogador tentar machucá-lo durante um treino. Em 2016, comandaram o Inter no Brasileirão Argel Fucks, Falcão, Celso Roth e Lisca.
“Não tem nada que eu já não tenha falado. Mas ter vivido o ápice, chegado jovem ao Inter, ganho o Mundial, chegado à seleção brasileira e depois ter vivido a queda… triste por toda essa questão policial, que agrava ainda mais. Não é culpa só disso. Mas na época vazavam coisas. Todo mundo ouvia, mas não tínhamos provas e não podíamos falar nada. E o elenco que a gente tinha naquela época era de muita gente que chegou no Inter querendo o primeiro título. Então era muita pressão”, disse, antes de acrescentar.
“O pessoal (direção) não queria o Alex. Falavam mal de mim por trás e isso chegava até a mim pelos jogadores. Teve um dos jogadores de um dos treinadores que passaram naquele ano, que me confidenciou que o cara pediu pra ele me machucar no treinamento. Olha o que eu fiquei sabendo… Aí teve um dia que o treinador discutiu com esse jogador no treino. Tem lances em treino que o contato acontece. Mas tem bola mais perigosa que outras. O jogador saiu do treino e me confidenciou. Ele estava forçando em uma bola disputada por cima pra bater cabeça com cabeça, alguma coisa assim. Não conversei com esse treinador, fiquei sabendo disso depois que ele já tinha saído”.
Alex negou que estava mal fisicamente e deixou claro que a sua pouca assiduidade nos jogos era por decisão da diretoria e dos treinadores:
“Tudo que aconteceu dessa parte emocional minha… eu participei da falha (rebaixamento) com o pessoal. Não quero me livrar. Joguei pouco e produzi pouco. Mas pelo sentimento que eu tinha pelo clube eu queria ficar. Fiz de tudo possível pra potencializar todo mundo. Muitas vezes chamei reuniões no meu quarto pra tentar ajeitar alguma coisa, mobilizar. O Roth, quando entrou, demorou nove jogos pra me colocar como titular. O Falcão só me botou no quarto jogo contra o Cruzeiro lá, que tomamos 4 e eu ainda fiz de pênalti. E eu vinha treinando igual como todos. Esses dias dei uma entrevista e um dos jornalistas disse que, na época, diziam que eu estava mal fisicamente. Mas eu treinava igual a todos, caramba. É óbvio que era coisa da direção”, concluiu.
Veja as fortes declarações de Alex a partir de 43:40
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