Home Futebol CBF monta grupo com médicos e cogita testar atletas antes de retorno do futebol no país

CBF monta grupo com médicos e cogita testar atletas antes de retorno do futebol no país

Entidade já anunciou ajuda financeiras para clubes das Séries C e D, e adiantará a cota de transmissão aos integrantes da segunda divisão

Por Cido Vieira em 08/04/2020 11:29 - Atualizado há 4 anos

Divulgação - CBF

Em meio à pandemia do coronavírus, a CBF busca projetar cenários para uma possível volta do futebol nacional. Contudo, a situação real não permite à entidade fazer qualquer precisão exata. Para encontrar alternativas, a confederação criou grupos de trabalho para a análise de vários fatores que possam ajudar clubes e seleções.

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Participante de um dos grupos, o presidente da Comissão Nacional de Médicos da CBF, Jorge Pagura, concedeu entrevista ao Globoesporte.com, onde aborda alguns assuntos pertinentes em tempo de pandemia. Segundo ele, há a necessidade de testar os atletas antes de uma retomada do futebol no país, medida esta que é protocolar.

“Abaixo do nível mínimo de segurança para todos envolvidos não podemos fazer futebol. É um conjunto de orientações de como deve se retomar depois de uma pandemia. Ninguém sabe quando vai voltar o futebol, mas estudamos para não pegar ninguém desprevenido, para ter uma mínima normatização. Vamos testar todo mundo? O Brasil precisa e não está testando. A maioria da população pode ter tido contato com a doença e não teve nenhuma reação ou apresentou sintoma muito leve”, disse Pagura, citando na sequência os estudos do grupo.

“Estamos nos antecipando, se vai testar, como vai ser,como deve ser comportamento nos treinos, se vai isolar os grupos, se vai ter exame todos os dias. Tem tudo isso para avaliar e temos tempo para isso. Temos que estudar tudo, apresentar os protocolos, ouvir sugestões e formatar”.

A aquisição de testes tem sido uma problemática para o governo brasileiro. Questionado se a CBF pode estudar a compra própria dos testes para os atletas, Pagura não descartou o cenário.

“É uma possibilidade. É muito importante para o país. Precisamos ver custo, tudo isso.Tudo está em discussão. O país não está fazendo teste, mas de repente entra em outra fase. Se o país fizer 20 milhões detestes, numa escala menor, o futebol faz 1 milhão de testes, dividido por 500, não dá muita coisa (de custo). Não queremos ser classe especial. Mas daqui a um mês pode ter mais testes. Ou só vai ter para quem vai para o hospital e aquele que tem alta? Vamos começar a estudar isso com critério.”

Mesmo com toda a movimentação desses estudos, o presidente da Comissão Nacional de Médicos da entidade não cravou um possível retorno do futebol brasileiro já em maio.

“Não sabemos, seria leviano eu falar isso. Dependemos de tanta coisa. Do governo flexibilizar as orientações, mas são variáveis imensas. De repente os casos caem em São Paulo, mas estouram no Norte, no Nordeste. Como vão estar as linhas aéreas? É muita coisa para discutir. O que não pode acontecer é: “olha, em 15 dias vamos voltar” e todos irem correndo estudar o cenário. É como estudar o que fazer no calendário. ‘Se abrir em maio, se for junho…’, Temos que avaliar todos impactos e o que fazer quando liberar. Fazer os testes, os exames, seria espetacular.Mas cadê os testes? Hoje, não têm.”

Além de Pagura, um dos grupos de estudo conta com Rodrigo Lasmar – médico da seleção principal masculina  – Nemi Sabeh Junior – da seleção feminina – e Fernando Solera – coordenador da Comissão de Dopagem. Nos próximos dias eles se reunirão com médicos de clubes profissionais e da base para discutir medidas.

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