Contratado pelo Santos a pedido do técnico Jair Ventura, o meio-campista Bryan Ruiz segue encostado no elenco do Peixe. O costarriquenho disputou apenas 13 partidas com a camisa do clube. Seu último jogo pelo Alvinegro foi no dia 12 de novembro de 2018, na derrota para a Chapecoense, por 1 a 0, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro.
Posteriormente, Ruiz se tornou o queridinho de Cuca. Porém, perdeu espaço no time titular do Santos após a saída do treinador e a contratação de Jorge Sampaoli. A chegada do argentino não fez bem ao meia. O jogador não se adaptou a nova metodologia de trabalho. Com isso, ele foi escanteado, como se diz na gíria do futebol, por Sampaoli.
Com Diego Pituca e Jean Mota como titulares, Bryan Ruíz sequer foi relacionado para as partidas do Campeonato Paulista e Copa Sul-Americana. Logo depois, o capitão e o camisa 10 da seleção da Costa Rica viu o clube ir atrás de Christian Cueva. O peruano foi contratado por empréstimo junto ao Krasnodar, da Rússia.
Fora dos planos do Santos, Bryan Ruiz ganha R$ 600 mil por mês e tem contrato até 31 de dezembro. As partes buscam entendimentos para costurar uma rescisão amigável. O Peixe deve salários para o Ruíz e o meia não abre mão do dinheiro. Além disso, o jogador deseja receber 75% dos valores referentes ao restante do compromisso, sendo 50% à vista.
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Por outro lado, o departamento jurídico do Santos se propôs a parcelar o que o clube teria a pagar, reduzindo o valor, condição que não foi aceita pelo jogador. Por isso, o empresário Kristian Argueda ainda não conseguiu arrumar um time para o meia atuar na temporada de 2020.
Os valores, segundo o Santos, são altos demais. O salário, aliás, foi o motivo alegado pela diretoria para interromper o pagamento. Afinal, o clube não dispõe de dinheiro em caixa para honrar o compromisso. Além disso, o Alvinegro também deve direitos de imagem, 13º salário e férias ao atleta.
“Se querem que eu fique, me coloco disponível para jogar e dar meu maior esforço (como sempre foi). Mas, se querem que eu me vá, devem me pagar o que se deve para poder falar de rescisão. Se não se cumprir (…), deverei lutar por meus direitos”, escreveu Bryan Ruiz no seu Instagram em janeiro.
Em entrevista ao canal de “YouTube do jornalista Jorge Nicola”, o vice-presidente do Santos, Orlando Rollo, disse que o jogador seguirá treinando à parte já que está fora dos planos do técnico Jesualdo Ferreira até que seja formatada uma nova proposta de rescisão.
“É estranho o Bryan Ruiz ficar no Santos. Se eu fosse presidente, como ato de gestão, já teria negociado com o Bryan Ruiz e teria já pedido para ele ir embora. Porquê? Porque o Santos pouparia 600 mil reais por mês de salário. O Bryan Ruiz treina à parte e joga ténis. Ele está constrangido porque ganha R$ 600 mil reais e joga ténis todos os dias. E até ganhou um torneio aqui no Clube dos Ingleses, um clube de ténis muito famoso aqui em Santos. Disseram-me que ele joga bem ténis. Acredito que ele está descontente com esta situação porque ele queria jogar futebol para ir à seleção da Costa Rica”, revelou.
Bryan Ruiz teme perder espaço na seleção
De acordo com o jornal “La Nacion”, da Costa Rica, Bryan Ruiz está incomodado com a possibilidade de não ser convocado pelo técnico Ronald González para defender o país nas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Qatar, em 2022. Afinal, o jogador treinava com o time B do Santos antes da quarentena em meio ao novo coronavírus.
“Falei com ele pela última vez há três semanas. Esperamos que a situação mude até o final do ano. Eu sempre falo com ele, é consciente da situação que vive. Quero que a resolva para tê-lo de volta”, disse o treinador.
Ruiz recebeu sondagens do Deportivo Saprissa e do Alajuelense, ambos da Costa Rica. E tem a liberação do Santos para evoluir com o negócio. O primeiro cube apresentou proposta. Mas os valores foram recusados. Já os segundo ainda não formalizou uma oferta. Os parâmetros da negociação são mantidos em sigilo pelas partes envolvidas.
