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Em sua coluna no jornal “El País“, Jorge Valdano, que atuou no Real Madrid como jogador e técnico, defendeu o craque brasileiro. Para ele, o astro brasileiro não pode ser tratado como um criminoso, já que nunca deu sinais de um “delinquente”. Dessa forma, os méritos do ídolo do Barcelona foram citados como argumento de que em nenhum momento se quis infringir a lei com o uso de passaporte falso.
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“Se o nível médio de criminalidade fosse de Ronaldinho, o mundo inteiro deveria ser uma prisão. Uma coisa é ser um “tolo”, conforme definido pelo seu advogado e outro criminoso. O único lugar em que Ronaldinho se portou como um subversivo foi dentro de campo. Como acontece com tantos jogadores brasileiros, para Ronaldinho a vida sempre foi uma festa. E o futebol, que exagera a vida, era uma festa ao quadrado. Era um prazer vê-lo jogar se movendo como um invertebrado e fazendo crochê com a bola nos pés. Como um cara assim vai ser perigoso?”, declarou.
Além disso, Valdano falou sobre como lidar com o fim da carreira. Nesse caso, aceitar o fim da trajetória nos gramados pode ser uma tarefa ainda mais difícil para quem viveu momentos gloriosos dentro dos gramados, como Ronaldinho.
“O caso Ronaldinho nos leva a outro tópico interessante: o dia seguinte, Como se adaptar a uma vida normal depois de ser tratado como uma lenda? Já sei que deveria cuidar mais do dinheiro e da imagem. Ou terem se preparado melhor. Mas é difícil pensar nisso enquanto se joga profissionalmente. Primeiro porque estudar não o melhora como jogador. E segundo, e mais importante, o futebol é uma paixão obsessiva que requer uma entrega total e desde cedo. Dito isso, deixem o Ronaldinho em paz. E como seu reivindicativo, o futebol também”, completou.
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