Home Futebol Ferreira explica processo contra o Grêmio e diz: “Botei o clube na justiça porque não teria como colocar os diretores”

Ferreira explica processo contra o Grêmio e diz: “Botei o clube na justiça porque não teria como colocar os diretores”

Em live com o jornalista Jorge Nicola, o atacante Ferreira explicou os motivos que o levaram a processar o Grêmio

Gabriel Girardon
Colaborador do Torcedores.com.

Vivendo um imbróglio com o Grêmio, o atacante Ferreira falou sobre sua situação com o time gaúcho. Afastado da equipe por não ter assinado a renovação de contrato, o jogador processou o clube pedindo a rescisão de seu vínculo, que vai até junho de 2021.

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Em entrevista concedida em live com o jornalista Jorge Nicola nesta terça-feira (28), Ferreira deu sua versão sobre o caso. Primeiramente, deixou claro sua gratidão ao Grêmio, onde está há quase seis anos, mas revelou seus motivos.

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“Conforme as coisas foram acontecendo o clube decidiu me afastar, por uma pressão para assinar o contrato. Não estava podendo jogar nem na (equipe) transição. Depois que fui na justiça que decidiram me colocar para jogar, mas não teve jogo por conta dessa parada (devido ao coronavírus)“, relatou Ferreira. “Nunca foi minha vontade (de sair) porque é um clube que me identifico muito, sempre me ajudou”, prosseguiu. Na sequência, o atacante acrescentou:

“Eu botei o clube na justiça porque não teria como colocar os diretores. Conversavam uma coisa comigo e no contrato botavam outra. Porque o clube mesmo não tem culpa, nem o professor Renato, que desde o início foi a favor da minha renovação. Não tenho reclamação nenhum com o Grêmio em si”.

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Salário e lista da Libertadores

As negociações para a extensão do vínculo de Ferreira com o Grêmio se iniciaram no começo de 2020. Os vencimentos do jovem são de R$ 20 mil, confirmado por ele ao jornalista Jorge Nicola. Nas tratativas, o jogador desejava uma valorização financeira, mas que, nas palavras dele, não houve por parte do clube.

“Desde janeiro a primeira oferta que eles fizeram foi de R$ 30 mil e passou umas quatro reuniões e o valor não subia. Mas a questão não era nem o salário. Era questão de contrato, percentual, luvas, que o clube não queria me pagar. Sendo que todo jogador que renova e vem da base para o profissional ganha luva. Eles acham que nós jogadores não conversamos”, desabafou.

Ferreira iniciou 2020 recebendo chances na equipe principal. No entanto, ficou fora da lista de inscritos da Libertadores por conta da situação entre ele e o clube. Segundo o atacante, o Grêmio deu um dia para um desfecho. Caso contrário, não seria inscrito. O fato foi motivador para o processo, alegando coação.

“Foi uma pressão que eles fizeram. De um dia para o outro tinham que enviar a lista da Libertadores. Aí falaram “ou você renova ou está fora da lista”. Não tem
como resolver sua vida em menos de 24 horas, sendo que tinham coisas que eu não estava de acordo”, afirmou Ferreira.

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Sobre o futuro, o jogador acha complicada uma possível reviravolta no caso com o Grêmio. Ele afirmou que recebeu propostas – sem revelar os clubes interessados -, mas que sua vontade sempre foi de permanecer no Tricolor.

“Desde minha primeira reunião com a direção nunca disse que queria sair. Meu desejo sempre foi ficar e jogar pelo Grêmio. Agora a situação está difícil por tudo que aconteceu e o Grêmio também não procurou meu agente nessa parada da quarentena. Conversas estão paradas”, concluiu Ferreira.

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