Home Futebol Vida dentro do Inter, decisão de sair do clube e Kidiaba duas vezes no Olímpico: conversamos com o goleiro Renan

Vida dentro do Inter, decisão de sair do clube e Kidiaba duas vezes no Olímpico: conversamos com o goleiro Renan

Reportagem do Torcedores.com publica entrevista com o goleiro Renan, atual jogador do Esportivo

Eduardo Caspary
Jornalista formado pela PUCRS em agosto de 2014. Dupla Gre-Nal.

Em reta final de carreira, o goleiro Renan olha pra trás e vê a sua história no futebol se confundir com a do Inter. Desde os 9 anos de idade, habitou o Beira-Rio e teve alegrias como o Mundial sub-15 de 2000, incontáveis Gauchões, duas Libertadores e o Mundial de 2006.

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Mas nem tudo foram flores em sua passagem pelo colorado. Ele também foi o titular no trauma de 2010 diante do Mazembe e teve que tomar a dura decisão de deixar o clube – mesmo com contrato vigente – em 2013 para jogar no Goiás.

Atualmente, Renan defende o Esportivo, de Bento Gonçalves, na elite do Gauchão de 2020 e é o entrevistado desta quinta no Torcedores.

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Torcedores: Renan, pegando toda a tua trajetória no Inter, qual foi o seu grande momento? Hoje você se considera um torcedor do clube?

Renan: Eu sempre fui um torcedor colorado. Ingressei no Inter no ano de 1994 com 9 anos. Foi uma vida dentro do clube. O maior momento com certeza foi a conquista do bicampeonato da Libertadores em 2010, dentro do Beira-Rio. Foi algo marcante comemorar um título desse nível diante da nossa torcida.

T: Você foi um dos raros jogadores do Inter a ter estado nos dois Mundiais da história do clube. Por que deu tão certo em 2006 e tão errado em 2010?

R: Eu penso que é muito difícil você conseguir ganhar duas Libertadores em um espaço de apenas quatro anos como conseguimos. E ganhar o Mundial nas duas oportunidades, então… nem se fala. De repente o ruim foi não chegarmos naquela grande decisão em 2010, quando todos já esperavam ver o Inter contra a Inter de Milão. Mas eu procuro valorizar muito mais as conquistas da Libertadores do que o fato de perder na semi em 2010.

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T: Ficou um certo sentimento ruim por ter saído do Inter como reserva em 2013 para o Goiás? Gostaria de ter tido uma sequência maior como titular no Beira-Rio?

R: Eu saí do Inter mesmo tendo renovado o meu contrato por mais um ano. Joguei no último jogo do ano de 2012, que foi aquele Gre-Nal do 0x0 pelo Brasileirão no Olímpico já com essa decisão tomada. Eu sentia que era momento de sair e surgiu a proposta de alguns clubes, entre eles o Goiás com um contrato de cinco anos. Não me arrependo da decisão que tomei. Acho que foi bom viver esse período no Goiás, um clube de muita estrutura e que fui muito bem recebido por todos. Acho que se eu ficasse e o Inter enfrentasse o momento que passou, seria um desgaste natural e dolorido para um jogador identificado com o clube.

T: Por duas ocasiões, no Olímpico, em 2011 no título do Gauchão nos pênaltis, e em 2012 no 0x0 da última rodada do Brasileirão, você brincou “imitando” o goleiro Kidiaba, do Mazembe, na frente da torcida rival. Você havia pensado naquilo anteriormente ou saiu na hora? Era um “desabafo”?

R: Não foi algo pensado. Simplesmente na saída do campo após ser “homenageado” pela torcida rival, acabei fazendo o gesto que eles haviam gostado do goleiro do time africano do Mazembe. Acabou tendo esse papel de desabafo e marcado pelo lado do Inter.

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T: Para encerrar. Você é bicampeão da Libertadores, campeão mundial, disputou as Olimpíadas pelo Brasil, jogou em um grande da Europa como Valência… você se considera um jogador já realizado dentro do futebol?

R: Eu acho que consegui realizar muitos sonhos. Alguns poderiam parecer impossíveis quando comecei com apenas 9 anos. Ser campeão dos maiores títulos pelo Inter, ter até hoje o recorde de minutos sem levar gols do clube em Brasileiros, chegar à Seleção, jogar na Europa. Talvez poderia ter feito mais, talvez não. O importante é que sempre vivi para fazer tudo da melhor maneira, então me sinto muito realizado por essa vida no futebol. Tudo valeu a pena.

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