Home Futebol Zagueira do Palmeiras jogou com meninos na rua e “agradece”: “me fez desenvolver lado cognitivo e técnica”

Zagueira do Palmeiras jogou com meninos na rua e “agradece”: “me fez desenvolver lado cognitivo e técnica”

Thaís Ferreira hoje é considerada “xerife” na zaga do Palmeiras

Papo de Mina
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Por Tayna Fiori, colaboradora em São Paulo

Para muitas meninas que gostam de futebol, a primeira barreira para iniciar na profissão está dentro de casa. Falta de apoio familiar, insistência em bonecas e não bolas, preconceito, etc. E é justamente por ser exceção a esta regra que Thaís Ferreira, zagueira do Palmeiras, se inspira tanto em seus pais para a carreira de jogadora.

“Desde pequena meus pais me levavam pra treinar e eu já via no futebol uma paixão, não era só brincadeira. Essa relação foi se firmando com o passar do tempo e vi que era o que realmente queria pra mim”, comentou a atleta, que trabalha duro para seguir o exemplo dos pais. “Eles trabalham para conquistar as coisas, sempre querendo o melhor para mim e meus irmãos. São motivos pra me inspirar cada dia mais no que sempre quis”, justificou.

Mas se essa primeira barreira foi superada, outro obstáculos comum às mulheres surgiu logo na sequência: onde jogar? A solução foi começar na rua, com os meninos – o que acabou virando um triunfo para a zagueira.

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“Se formos falar sobre o lado fisiológico os meninos estão sempre em um nível maior. Isso me fazia desenvolver recursos e usar da criatividade para poder estar no nível deles. Me ajudou a desenvolver, tanto no lado cognitivo quanto na parte técnica”, explicou.

Da pelada nas ruas Thaís seguiu para o futsal, mais uma vez pela falta de oportunidade e opções de treinamento de base feminino em clubes, algo fundamental para a preparação, segundo a própria jogadora. “Se queremos semear bons frutos no futuro, então temos que plantar agora e plantar bem. Já vejo alguns clubes investindo nisso e entendendo o quanto isso é importante. Espero que todos queiram ver a evolução e se esforcem para isso”, reforçou.

A xerife do Palmeiras

No Palmeiras desde 2019 (quando o tive foi montado novamente), Thaís acreditou no planejamento apresentado pelo time e se dedica para dar sempre o seu melhor. A raça e a postura em campo renderam um apelido carinhoso por parte da torcida: xerife.

“É um apelido carinhoso que a torcida adotou pelas funções que nós da zaga temos que exercer. Fico feliz em ser chamada assim, uma maneira de sentir o calor da torcida e a admiração”.

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O ano do futebol feminino

Apaixonada pelo esporte, Thaís reconhece que 2019 foi o melhor ano para o futebol feminino, com a visibilidade que a Copa do Mundo proporcionou, mas sabe que é possível mais e que todos devem seguir em busca disso.

“Tudo que vem para agregar é de suma importância. Precisamos ser vistas, precisamos estar na visão das pessoas o máximo possível. Se você quer alguma informação específica você não precisa ficar caçando ali já tem tudo e está fácil de ser encontrado. Temos algo nosso”, finalizou.

Gestão: Almeida Sport
Assessoria: WP Assessoria

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