Barrios relembra 2017, diz que Luan jogava com dores e explica sucesso do Grêmio: “Muito copeiro, os rivais respeitam”

Foi apenas um ano com a camisa do Grêmio, mas tempo suficiente para manter um carinho aparentemente eterno pelo clube. Lucas Barrios, em todas as suas entrevistas, faz questão de deixar claro a gratidão e o afeto pelo tricolor, como nesta quarta-feira em entrevista ao Fox Sports.

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Ele detalhou o ano de 2017 e se encheu de orgulho para falar da dobradinha no ataque formada com Luan. Segundo o atual centroavante do Gimnasia, o companheiro – que foi eleito o Rei da América naquele ano – jogava a maioria das partidas com muita dor no pé:

“Ele jogava com muita dor, a torcida não sabia, mas ele jogava com dor. Ele se doava para o time. Todo esforço que fez em 2017, valeu a pena. Mas ele não conseguiu jogar em 2018 por causa disso. Chega um momento que você precisa parar pela dor. Cara extraordinário. Muita amizade fora de campo. Eu só tenho a falar coisas boas sobre ele. Tomara que no Corinthians dê certo, é um cara diferenciado. Já demonstrou isso para todo mundo”.

O problema de Luan era a chamada fascite plantar, que se agravou em demasia no segundo semestre de 2018, deixando-o de fora, por exemplo, da semifinal contra o River Plate na Libertadores. No final do ano passado, o atacante aceitou ir jogar no Corinthians.

Grêmio é “muito copeiro”, segundo Barrios

Expressão adorada pela torcida gremista, o termo “copeiro” também é utilizado pelo jogador para classificar o que viu do clube. Ele alega que a tal “alma copeira” foi decisiva na rodada de quartas de final contra o Botafogo no tricampeonato da América.

“Tenho um carinho especial pelo Grêmio. Quando eu cheguei, já tinha torcedores me esperando no aeroporto. Isso eu não me esqueço. Eu abri mão de mais dinheiro atuando no Palmeiras para ir ao Grêmio, mas foi umas das melhores decisões que eu tomei. Fui campeão da América. E a torcida é incrível, assim como na Argentina, que tem canções parecidas. O respeito que os times tinham por nós era muito grande. E é por isso que eu falo que o Grêmio é muito copeiro, pela postura dos rivais. Contra o Botafogo foi o jogo mais difícil daquela Libertadores, aquele time do Jair Ventura, encaixado. O Grêmio é muito copeiro e gostaria de mandar um abraço a todos aqueles companheiros e ao Renato, gente boa demais. As lembranças são as melhores”, destacou.

Barrios deixou o Grêmio e se acertou com o Argentinos Juniors após o vice no Mundial de 2017. Depois, ainda passou por Colo-Colo e Huracán até parar no Gimnasia, seu atual clube. Atualmente com 35 anos, ele marcou 18 gols em 45 jogos pelo Grêmio.