Home Futebol Finanças ou política? O que o novo presidente do Cruzeiro deverá priorizar

Finanças ou política? O que o novo presidente do Cruzeiro deverá priorizar

Cruzeiro se encontra em situação complicada com dívidas e vê pandemia do coronavírus agravar ainda mais histórico para sair do “buraco”

Luis Feitosa
Jornalista graduado e amante de futebol e futebol americano

O advogado Sérgio Rodrigues foi eleito na última quinta-feira como presidente do Cruzeiro até 31 de dezembro. No entanto, a situação não é das mais tranquilas para o novo mandatário do clube que encontrará uma administração com uma enorme crise financeira e que não contará com seis pontos no início da Série B em 2020. Mas há mais coisas que devem ser prioridades para Rodrigues até o fim do ano.

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São muitos os problemas enfrentados pelo Cruzeiro em 2020: crise financeira, problemas extra-campo, ambiente político conturbado e, claro, a pandemia do coronavírus que atrapalha qualquer ambição em “arrumar a casa”. Serão sete meses complicados para resolver muitos problemas que possuem poucas soluções e que dificilmente serão resolvidas em um curto espaço de tempo. O próprio Sérgio Rodrigues precisará listar o que é mais urgente entre os tantos problemas que assombram a Toca da Raposa. Tudo vira um prioridade para um clube gigante que passa por apuros e está na pior situação possível.

Finanças

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O principal plano de Sérgio Rodrigues é organizar a situação financeira. Em sete meses e diante de uma pandemia, não será possível causar um grande impacto com uma solução, mas alguma medida precisa ser tomada para evitar um buraco ainda maior. Sem receber por cotas de televisão e a bilheteria, o clube vê o prejuízo crescer ainda mais. A divulgação do balanço financeiro de 2019 agravou a situação que já aparentava ser ruim: R$ 394 milhões de déficit só no ano passado e a dívida total em R$ 803 milhões. Por isso, é fundamental encontrar um modo de ganhar dinheiro e parcelar dívidas que estão sufocando o clube.

Saldo negativo na Série B

Nesta semana, o Cruzeiro foi punido pela FIFA com a perda de seis pontos no Brasileirão de 2020. Se o cruzeirense achou ruim iniciar com um saldo negativo, a situação pode piorar ainda mais caso não pague cerca de R$ 11,2 milhões até o dia 29 deste mês para o Zorya. Com um elenco enxuto, sem dinheiro para contratações de grande porte, precisando cortar todos os gastos e com possíveis 12 pontos negativos a missão de voltar à Série A em 2021.

Vale lembrar que o último colocado do G4 da Série B em 2019 foi o Atlético-GO com 62 pontos. Portanto, caso perca mais seis pontos o Cruzeiro precisará fazer no mínimo 74 pontos que no passado foi apenas um ponto a menos do que o campeão Bragantino conseguiu.

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Ambiente político

Outro ponto que certamente estará na pauta de Sérgio Rodrigues é acalmar o ambiente político do clube. Desde 2019 com a ameaça de rebaixamento, salários atrasados e escândalos de corrupção, a Raposa não teve um momento para conseguir gerenciar seu ambiente interno. A pressão por sair da situação incômoda não poupou presidente, dirigentes, treinadores e jogadores que sucumbiram em problemas que vieram seguidos de consequências até o descenso no final do ano passado.

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