Home Futebol Mattos rebate ex-dirigente do Palmeiras: ‘Precisa saber antes de criticar’

Mattos rebate ex-dirigente do Palmeiras: ‘Precisa saber antes de criticar’

Mattos voltou a defender o trabalho feito no Palmeiras; Brunoro criticou excesso de contratações

Eder Bahúte
Jornalista diplomado. Apaixonado por radiojornalismo e esportes em geral. Especialista em nada, mas dá pitaco em tudo. Leitura de biografias, games e séries. Contato: [email protected]

Em entrevista recente ao canal do Jorge Nicola, no YouTube, José Carlos Brunoro, ex-dirigente do Palmeiras, teceu algumas críticas a Alexandre Mattos, que até a temporada passada comandava o departamento de futebol do Verdão.

PUBLICIDADE

Siga o Torcedores no Facebook para acompanhar as melhores notícias de futebol, games e outros esportes

[DUGOUT dugout_id= “eyJrZXkiOiJ1SEN6TnJLbSIsInAiOiJ0b3JjZWRvcmVzIiwicGwiOiIifQ==”]

Na época, Brunoro alegou que Mattos fazia muitas contratações, deixando o elenco inchado. Na sua visão, o perfil assemelha mais a área comercial do que propriamente a gestão do campo.

“Acho ele ousado, mas sou totalmente contrário ao tipo de trabalho que ele faz. Ele não é um diretor executivo, mas sim um diretor comercial. Ele faz só contratações, eu não vejo trabalho no que diz respeito a planejamento, são muitas contratações que às vezes dá certo. Fica um elenco inchado, contrata muitas vezes para que outros times não se fortaleçam. É uma filosofia dele que eu respeito, ela agrada muito ao torcedor e tem o seu valor. Agora, como pessoa eu tenho o maior respeito”, disse Brunoro.

PUBLICIDADE

Nesta quinta-feira, 28, Mattos teve a chance de avaliar a declaração. Segundo o atual diretor de futebol do Atlético, Brunoro não conhece de maneira profunda seu trabalho, já que não trabalharam juntos e não teria condições suficientes para fazer este tipo de análise.

“Eu também tenho um respeito grande pelo Brunoro, foi um dos percursores na profissão. Eu já fiz negócios com ele, na época ele estava no Audax e eu no Cruzeiro. Quando o Paulo Nobre me procurou, a primeira coisa que pedi foi para que ele definisse antes o futuro do Brunoro. Eu mantenho o respeito, vejo como questão de estilo, conforme ele colocou. Agora, ele não conhece meu trabalho, já que nunca trabalhamos juntos. Então, ele está falando uma coisa que ele acha, algo que imagina. As pessoas precisam pesquisar, ter esse conhecimento para criticar ou elogiar. Se você olhar meu início, lá no América, o clube vivia seu pior momento financeiro e nós implementamos um trabalho sério, de gestão e que até hoje existe algo que foi colocado por mim. O Cruzeiro tinha dificuldade técnica, estrutural e financeira. Quando cheguei eram salários atrasados e sem condições de investimento. O clube se organizou e quando saí o caixa tinha mais de 50 milhões, ganhou títulos com 70% do elenco montado ainda na minha gestão. Muita coisa ficou como legado”, respondeu Mattos ao jornalista Breno Galante.

“Por fim, no Palmeiras, diferentemente do que dizem, não havia recursos financeiros. E sim uma dívida de 220 milhões com o ex-presidente Paulo Nobre. Não tinha Crefisa, a estrutura era precária, as categorias de base a mesma coisa. Foi feito um trabalho de gestão e não de contratação. O Brunoro sabe qual é a diferença, só que quando não ganha começam a falar: ‘Ah, tem muito jogador’. O diretor não acorda querendo só contratar, é uma série de ideias. Implementamos uma filosofia pensando no futuro, trazer este jovem para que lá na frente ele possa dar o resultado. Aí não ganhou meu amigo, começam a falar que está tudo errado. Eu não vejo problema em opinar algo sobre o que eu prego, mas não conhece meu trabalho. Não sabe como sou gestor e nem ideia pois nunca esteve comigo. Deveria procurar saber e ver quais metologias e processos foram colocados no Palmeiras. Ideias na base e no profissional. Só falam do jogador que eu contratei e não deu certo, mas ninguém fala do que arrecadou, das vendas exorbitantes feitas pelo Palmeiras. Eu tenho orgulho em dizer que o Palmeiras está em seu maior patamar financeiro da sua história. Para falar de gestão, é preciso conhecer meu trabalho para tecer uma opinião. Enfim, mas respeito as críticas e bola para frente”, concluiu.

LEIA MAIS:

PUBLICIDADE