Home Mídia Esportiva Marta x Klose: comentaristas do SporTV ‘discutem’ ao vivo sobre artilharia histórica em Copas do Mundo

Marta x Klose: comentaristas do SporTV ‘discutem’ ao vivo sobre artilharia histórica em Copas do Mundo

Para Ana Thaís Matos, Marta deve ser considerada a maior artilheira da história das Copas, entre homens e mulheres. Para Raphael Rezende, no entanto, a comparação com o alemão Klose é difícil

Danielle Barbosa
Jornalista. Escrevendo para o Torcedores desde 2014.
PUBLICIDADE

Os comentaristas Ana Thaís Matos e Raphael Rezende protagonizaram durante o programa ‘Troca de Passes’, do SporTV, nesta quarta-feira (17), um debate quente sobre a artilharia histórica em Copas do Mundo. De um lado, Ana Thaís defendeu a jogadora Marta, com 17 gols marcados em mundiais, como a maior artilheira da história das Copas, juntando o futebol feminino e masculino. Raphael Rezende, por sua vez, discordou da colocação por entender que a comparação deve levar em consideração as diferenças entre as modalidades.

Cartão de crédito sem anuidade? Abra sua conta Meu BMG agora!

Siga o Torcedores no Facebook para acompanhar as melhores notícias de futebol, games e outros esportes

[DUGOUT dugout_id=eyJrZXkiOiI0M1F0ZXl2aiIsInAiOiJ0b3JjZWRvcmVzIiwicGwiOiIifQ==]

PUBLICIDADE

O debate começou de maneira tranquila após os comentaristas entrarem no assunto para falarem sobre a publicação da Fifa parabenizando o alemão Miroslav Klose e ressaltando o feito do atacante, maior artilheiro da história das Copas entre os homens, com 16 gols. “É importante os homens mudarem a sua visão e comprarem essa briga porque a Fifa, na semana passada, deu parabéns para o Klose por seus 42 anos, destacando-o como o maior artilheiro das Copas do Mundo. O maior artilheiro das Copas do Mundo é a Marta e a gente tem um papel fundamental na construção de como contar essa história”, disse Ana Thaís.

“Por esse ponto eu não concordo muito, não. Porque a Alemanha passa a ser a maior campeã mundial. Especificamente por esse ponto, não concordo muito”, avaliou Raphael Rezende, destacado que, se for para unificar a artilharia entre homens e mulheres, os títulos em Copas também deveriam ser somados, e a seleção feminina da Alemanha é bicampeã da competição – somando com as quatro taças conquistadas no masculino, o país acumula seis conquistas mundiais.

“Mas não tem nada a ver uma coisa com a outra”, disparou a comentarista. “É claro que tem. Soma os títulos, ué”, rebateu Raphael Rezende. “A gente não está somando títulos. A gente está somando número de gols de um mesmo esporte. Ou a seleção brasileira feminina não pode ser caracterizada cinco vezes a melhor do mundo”, retrucou Ana Thaís.

“Eu entendo também que seja muito difícil comparar os 16 gols do Klose aos 17 gols da Marta”, avaliou Rezende. “Por quê? Mas por que é difícil comparar, Rapha?”, questionou a Ana Thaís. “Porque o futebol feminino sofreu um preconceito e uma irrelevância por parte dos players que deveriam promovê-lo, que o deixou distante do futebol masculino”, respondeu o comentarista.

PUBLICIDADE

“Não, não! Mas eles não disputam entre eles. Dentro do futebol da Copa do Mundo Feminina, ela fez gols contra zagueiras do futebol feminino, e ele contra os principais zagueiros do futebol masculino. Não existe essa relação”, retrucou Ana Thaís.

Raphael Rezende afirmou que existe relação porque futebol masculino está num patamar diferente do esporte futebol feminino. “A gente pode debater os motivos. Claro que está. Historicamente está. Por machismo, por um problema social, por um problema cultural, quaisquer que sejam os problemas”.

VEJA O DEBATE ENTRE ANA THAÍS E RAPHAEL REZENDE:

“Contra seleções top-10 da Fifa, a Marta balançou a rede dez vezes, o Klose menos que ela. Se a comparação é para ser feita dessa forma, a gente tem que trabalhar com plataformas de igualdade para os dois lados. A comparação não é qual esporte é melhor. O futebol que a Marta joga é tão difícil para ela quanto o futebol que o Klose joga é difícil para ele. São nessas bases que temos que trabalhar para falar de igualdade”, avaliou Ana Thaís.

“Sim. E é por isso que eu trouxe a questão de a Alemanha ter mais títulos mundiais. Porque ela tem os femininos e os masculinos. Eu não desmereço a Marta de forma alguma. Ela é fantástica, a maior jogadora de todos os tempos. Mas a discrepância entre o que é o futebol masculino e o que é o futebol feminino é culpa de quem toca a modalidade, sem dúvida, e acho que tem que ser combatido. Mas reconheço que há uma diferença”, ponderou o comentarista.

O debate foi interrompido pelo apresentador Rodrigo Rodrigues, que chamou o intervalo comercial.

PUBLICIDADE

LEIA MAIS:
Honda cita mortes e questiona volta do futebol no Rio: “Estou louco em querer saber uma razão lógica”
Comentarista da Fox ironiza volta do Campeonato Carioca: “Acho que a OMS tem que copiar o Rio de Janeiro”