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Tido como um palcos lendários do futebol mundial, o Maracanã já presenciou partidas históricas ao longo dos seus 69 anos de existência. Construído para receber a Copa do Mundo de 1950, o local superou por inúmeras vezes a marca dos 100 mil expectadores, atingindo o seu ápice com quase 200 mil torcedores. No entanto, reformulações acabaram impactando na redução significativa do estádio, e consequentemente, a tradicional geral deixou de existir.
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A arquibancada geral que reinou por anos no Maracanã representava o espaço mais democrático do futebol brasileiro. Com ingressos mais em conta em relação aos setores de cadeiras, a geral foi um verdadeiro símbolo da popularidade. Neste setor, onde raramente se presenciava brigas, os torcedores se fantasiavam, eram criativos e por isso tinham os holofotes dos canais de TVs nas transmissões.
Quando um jogo estava morno, lá iam as lentes da TV mostrar a bonita festa da geral, que mesmo sem condições privilegiadas para fechar o jogo, uma vez que ficava atrás dos gols, esbanjavam alegria de estar acompanhando o time do coração e se divertindo ao mesmo tempo. As figuras tradicionais deste setor foram apelidadas carinhosamente de geraldinos. Por lá apareciam “sósias” de Osama Bin Laden, do ex-presidente Lula, Superman, entre outros personagens conhecidos.
A MODERNIZAÇÃO
A existência da geral foi diretamente impactada pelo processo de remodelação do estádio. Em 2005, o setor de arquibancada, responsável pelo Maracanã registrar públicos históricos, começou a ser demolido. Os 30 mil lugares deram espaço para 18 mil cadeiras, seguindo assim as novas determinações impostas pela Fifa, onde ficou estabelecido que um torcedor não pode assistir um jogo em pé.
E o Maracanã que já chegou a ganhar a alcunha de “Maior do Mundo”, afinal já recebeu 199 mil pessoas em um jogo, e costumava bater 100 mil no cenário nacional, foi elitizado e atualmente não comporta 80 mil torcedores, distanciando o torcedor menos favorecido das partidas.
