Home Futebol Presidente do Grêmio vê Flamengo privilegiado por MP e faz críticas a Bolsonaro: “Imaturidade política”

Presidente do Grêmio vê Flamengo privilegiado por MP e faz críticas a Bolsonaro: “Imaturidade política”

Romildo Bolzan, presidente do Grêmio, não gostou da MP aprovada por Jair Bolsonaro

Eduardo Caspary
Eduardo Caspary é jornalista formado pela PUCRS em agosto de 2014, com Especialização Digital feita entre 2016 e 2018 na mesma universidade. Apaixonado por esportes, em especial futebol e tênis. Mora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Em entrevista concedida à Rádio Guaíba durante esta sexta-feira, o presidente gremista Romildo Bolzan abordou publicamente o polêmico assunto que centralizou o futebol brasileiro nesta semana: a Medida Provisória (MP) 984, que modifica as regras de direitos de transmissão de televisão no país.

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O mandatário garantiu que o Grêmio não será afetado em um primeiro instante, já que os contratos vigentes vão até 2024. Porém, reclamou da forma como o processo foi conduzido pelo Governo Federal e viu benefício dado ao Flamengo, que negociou pessoalmente com o presidente Jair Bolsonaro – ambos estão em litígio com a TV Globo.

“Em um primeiro momento, não nos afeta em absolutamente nada. Para mim, o principal não está nas questões jurídicas ou mérito da MP, para mim, o mais importante foi a falta de uma consulta prévia, de um ajuste, de um encaminhamento, para que fosse possível um debate amplo entre todos os envolvidos”, disse, antes de concluir:

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“A matéria tem mérito, mas a forma como foi encaminhada, um só clube, debate por um governo inteiro, sem se criar a condição de diálogo, sem consultar os demais está equivocada”, avaliou. “Só existe um caminho para esta MP, não ser aceita pelo Congresso, pois não tem caráter de urgência. Devolver para o governo e estabelecer uma conversa sobre o tema”, sugeriu. “Em um momento que estamos com 70% dos contatos televisivos suspensos, temos de reagir, os clubes precisam debater para não serem escolhidos pelo debate”.

Críticas a Jair Bolsonaro

No Twitter nesta sexta-feira, o presidente da República considerou como “redemocratização do futebol” a validação da MP, que delibera sobre tópicos referentes ao futebol, tendo o maior impacto na mudança nos direitos de transmissão, que agora podem ser negociados diretamente pelos times mandantes dos jogos, sem a anuência do visitante.

“Publicada a MP 984, do futebol brasileiro. Medida dá aos clubes autonomia na transmissão/reprodução de suas partidas, antes controladas por monopólios, e flexibiliza o tempo mínimo de contrato para garantir empregabilidade aos atletas neste período de instabilidade econômica. O clube mandante poderá, por exemplo, transmitir suas partidas via TV ou streaming (internet), se assim desejar. Aos atletas, serão distribuídos, em partes iguais, 5% da receita proveniente da exploração de direitos desportivos audiovisuais. Estamos democratizando o futebol”, escreveu Bolsonaro na web.

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Bolzan não concordou com as palavras do presidente:

“Um ato pequeno para um enorme problema, uma enorme consequência, que poderá ser positiva ou negativa, mas a maneira como foi feito, despropositado, sem conteúdo, demonstrou uma imaturidade política, de quem pede e de quem aceita”, comentou.

De acordo com o presidente gremista, Grêmio e Inter estão alinhados e não estão favoráveis à medida, pois ela “fere o debate coletivo”.

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