Responsável por presidir à Confederação Brasileira de Futebol por 23 anos, Ricardo Teixeira foi o mandatário mais longevo da entidade até considerando os tempos da antiga CDB. Dono de cinco mandatos consecutivos, o ex-dirigente foi banido de forma definitiva do futebol no fim do ano passado, após ser acusado de crimes de suborno, e ainda foi condenado a pagar uma multa de R$ 4 milhões.
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No período em que esteve à frente da CBF, Ricardo Teixeira se mostrou polêmico tanto pelos escândalos de envolvimento com corrupção, quanto por uma língua afiada em entrevistas.
CPI
Em 2011, uma Comissão Parlamentar de Inquérito foi aberta para investigar casos de corrupção no futebol. A ação apontou irregularidades em negócios envolvendo Ricardo Teixeira e a Nike, marca de material esportivo da Seleção Brasileira. Ao todo, a CPI entregou ao Ministério Público 13 denúncias contra o ex-presidente da CBF, incluindo lavagem de dinheiro e evasão fiscal. No entanto, as denúncias acabaram sendo descartadas posteriormente.
BBC
A rede de televisão britânica BBC levou ao ar uma série de denúncias contra o dirigente e João Havelange (ex-presidente da Fifa). Uma das acusações apontava que a dupla teria recebido propina e negociado a devolução do dinheiro para encerrar as investigações.
Ainda de acordo com o programa, Ricardo Teixeira pediu dinheiro a David Triesman, responsável pela candidatura da Inglaterra para sediar a Copa em 2018, para dar seu voto aos britânicos. A FIFA acabou inocentando o presidente da CBF das acusações.
POLÊMICA COM A IMPRENSA
Ainda em 2011, já em seus últimos passos como presidente da CBF, Ricardo Teixeira deu uma polêmica entrevista à revista Piauí. Usando termos de baixo calão e com tom de ironia, o mandatário afirmou que não ligava para as denúncias de corrupção reveladas pela BBC, e afirmou que na Copa do Mundo de 2014 iria boicotar os veículos de imprensa que o acusaram, negando credenciais, acessos entre outros direitos.
Poucos meses depois, Teixeira se afastou do cargo.
ESCÂNDALO COM O TIO
Em uma reportagem publicada na época pela Folha de São Paulo, o veículo apontou que Marco Antonio Teixeira, tio do até então presidente da CBF, recebia um salário de R$ 1 milhão para exercer uma função “decorativa” na entidade por anos. Após a divulgação da matéria, Marco Antonio foi demitido pela instituição.
VENDA DE VOTOS PRÓXIMAS COPAS
O caso mais recente de polêmica envolvendo o ex-presidente da CBF ocorreu em abril deste ano, quando Teixeira foi acusado de ter recebido propina para votar no Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022.
O documento relata que entre 2009 e 2010, os membros das candidaturas à sede dos Mundiais de 2018, que ocorreu na Rússia, e 2022, prepararam apresentações para tentar convencer os dirigentes. Além de Teixeira, o ex-presidente da Conmebol, Nicolás Leoz.

