Home Futebol Daniel Carvalho lamenta ter sido “jogador, não atleta” e elogia D’Ale: “Com 20% do comprometimento dele, eu iria mais longe”

Daniel Carvalho lamenta ter sido “jogador, não atleta” e elogia D’Ale: “Com 20% do comprometimento dele, eu iria mais longe”

Ex-meia-atacante do Inter, Daniel Carvalho, concedeu entrevista ao canal Vozes do Gigante, do YouTube

Eduardo Caspary
Jornalista formado pela PUCRS em agosto de 2014. Dupla Gre-Nal.

Grande promessa do Inter no início dos anos 2000, Daniel Carvalho entende que poderia ter ido ainda mais longe na carreira. Mas que, para isso, seria necessário ser mais “atleta” e menos “jogador”. Crítico de si mesmo, ele concedeu entrevista semana ao canal Vozes do Gigante, do YouTube.

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Após se destacar pelo colorado no Brasileirão de 2003, ele topou uma oferta do CSKA, da Rússia, onde ganhou tudo, chegou à Seleção e, em suas palavras, se “acomodou”.

“Eu costumo dizer que poderia ter ido mais longe se tivesse sido atleta, mas fui jogador. E jogador tem e teve muitos por aí. Profissional eu sempre fui, nunca faltei a treino, a jogo. Eu saí humilde do interior, morei no alojamento do Beira-Rio e daqui a pouco eu estava na Rússia ganhando dinheiro, títulos. Quando o CSKA ganhou a UEFA, em 2005, tive a chance de ir pro Man City e pra Inter de Milão. Fizemos uma contraproposta muito grande de salário pra ficar na Rússia e os caras pagaram. Fiquei. Isso gerou uma acomodação”, admitiu.

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Ele reconhece que também parou no tempo dentro de campo. Potencial e qualidade tinha de sobra, mas faltava “pagar o preço”:

“O futebol mudou muito. Eu era um cara diferente tecnicamente. Era diferente dos outros. Só que eu achava que isso era suficiente. Não me preocupava em jogar sem a bola, em marcar. E fui parando no tempo. Vejo o Ganso como um exemplo disso também. Ele precisaria ter um 5% da vontade do Guiñazu, por exemplo. Eu não paguei o preço que é necessário para ser atleta. Se tivesse feito, creio que poderia ter entrado nesses grandes mercados da Inglaterra e outros países da Europa”.

Reconhecimento de Daniel Carvalho a D’Alessandro

Foram dias de diferença as chegadas de Daniel Carvalho e D’Alessandro ao Inter em 2008. O brasileiro lembra que, desde cedo, nos primeiros treinos, o colega mostrou um profissionalismo acima da média:

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“Cheguei em 2008 dias antes do D’Alessandro. O que ele tem hoje no clube, ele plantou desde o dia que chegou. Já se via uma liderança natural nele, uma vontade muito grande. Com 20% do comprometimento dele eu teria jogado muito mais”, elogiou Daniel.

Ele admite ter ficado devendo na volta ao clube que o projetou:

“Nunca me esqueço da torcida lotando o aeroporto pra me receber. No português grosso, eu voltei cheio de dinheiro. Pra minha casa, louco de saudades do país. Era como se eu viesse passar férias. Mas fui profissional. Comecei jogando contra o Figueirense e saí depois daquela derrota de 4×0 pro Vasco. O Inter me deu todo suporte. Cheguei a ir à Gramado em um SPA com um preparador do clube. Se não deu certo, a culpa é minha, não do Inter”.

Ainda assim, Daniel Carvalho foi o autor do primeiro gol do Inter na campanha do título da Sul-Americana de 2008. Ele compareceu às redes no empate em 1×1 com o Grêmio no Beira-Rio.

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