Home Futebol Quem foi o “Artilheiro de Deus”, centroavante que brilhou no Grêmio e foi goleador na Espanha?

Quem foi o “Artilheiro de Deus”, centroavante que brilhou no Grêmio e foi goleador na Espanha?

Jogador foi um dos grandes nomes da historia tricolor e brilhou na Espanha

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

Os torcedores do Grêmio da nova geração talvez não conheçam, mas os mais antigos não esquecem do “Artilheiro de Deus”, que brilhou no clube entre 1979 e 1982 e foi fundamental para a conquista do primeiro Brasileirão da história do Tricolor.

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Baltazar foi revelado pelo Atlético-GO em 1977 e foi o primeiro a fazer parte de um movimento que ficou conhecido como “Atletas de Cristo”. Evangélico fervoroso, o centroavante dizia que “se não fez gols, foi porque Deus não quis”, o que gerou seu apelido que foi levado para toda a carreira.

Contratado pelo Grêmio aos 20 anos, brilhou logo na chegada, assumiu a titularidade e marcou 29 gols em 45 jogos logo em sua temporada de estreia.

Em 1980 o camisa 9 teve seu ano mágico e foi o atleta que mais chamou a atenção de todo o Brasil ao anotar 42 gols pelo Grêmio, o que chamou a atenção de vários clubes.

Em 1981, porém, Baltazar atingiu seu ápice. Mesmo com números abaixo em relação aos anos anteriores, o centroavante foi o nome da primeira conquista nacional do Grêmio, o Brasileirão, quando marcou um golaço sobre o São Paulo no jogo de ida, no Morumbi. Assista:

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Após um primeiro semestre de 1982 abaixo do que foram os anos anteriores e a frustração de ter ficado de fora da Copa do Mundo do mesmo ano, assinou com o Palmeiras, onde manteve os bons números.

Passou ainda por Flamengo, onde conquistou o Brasileirão de 1983 e marcou 21 gols em 40 jogos, pelo Botafogo, e em 1985 assinou com o Celta, da Espanha.

Ajudou o modesto clube a se posicionar na primeira divisão da Espanha e em 1988 foi contratado pelo gigante Atlético de Madrid.

O ápice
Baltazar, após o Grêmio, teve seu auge no Atlético de Madrid, onde em seu primeiro ano surpreendeu e marcou 36 gols em 40 jogos. Foi o artilheiro de La Liga e quebrou um tabu de duas décadas, sendo apenas o segundo brasileiro a conseguir a honraria – o primeiro e único até então havia sido Waldo, pelo Valencia, em 1967.

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O atacante,  “Artilheiro de Deus”, então foi lembrado pela Seleção Brasileira e disputou a Copa América de 1989, tendo conquistado seu único título pela equipe nacional.

Acima dos 30 anos, ficou fora da Copa de 1990 e rodou por Porto, Rennes, até voltar ao Brasil para defender o Goiás em 1994. Foi melhor que o esperado e, mesmo aos 35 anos, marcou 19 gols em 15 jogos pelo Esmeraldino.

Recebeu proposta irrecusável do futebol japonês e disputou seus dois anos de carreira pelo Kyoto Sanga, aposentando em 1996.

E agora?
Baltazar passou a se dedicar à Igreja após a aposentadoria e se tornou pastor evangélico. O ex-atacante se elegeu ainda presidente da Missão Atletas de Cristo do Brasil e é empresário de jogadores.

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