Juan Schiaffino e Alcides Ghiggia compunham o ataque do Uruguai que acabou com o Brasil na final da Copa do Mundo de 1950 e levou o segundo título mundial da Celeste Olímpica.
Siga o Torcedores no Facebook para acompanhar as melhores notícias de futebol, games e outros esportes
https://www.facebook.com/TorcedoresOficial
[DUGOUT dugout_id=eyJrZXkiOiJBcWh4TXd1VSIsInAiOiJ0b3JjZWRvcmVzIiwicGwiOiIifQ==]
Lendas no país sul-americano, também formavam o ataque do Peñarol tricampeão uruguaio no início da década de 1950, mas logo saíram para o mesmo lugar.
Pouco antes da Copa do Mundo de 1954, na Suíça, Ghiggia aceitou proposta da Roma e foi para a Itália. Ficou fora do Mundial com seu país, mas fez sucesso logo em seu início pela equipe da capital.
No ano seguinte, Schiaffino também deixou o Peñarol para ir à Itália. O atacante, porém, esteve na Copa do Mundo de 1954 com o Uruguai, mas já com passe vendido ao Milan, clube no qual se tornou ídolo.
“Vivi esse torneio em circunstâncias muito especiais. Quando chegamos à Suíça, já tinha o passe para o Milan e só restava a finalização do torneio para ir para lá”, admitiu Schiaffino à imprensa uruguaia na década de 90.
“Mas durante a disputa jamais pensei em outra coisa que não fosse obter o título. Apesar da presença dos dirigentes italianos, dos exames a que fui submetido pelos médicos milaneses, só pensava em jogar. Como já tinha 28 anos, encarava as coisas com muita seriedade…”
O fato é que, pouco tempo depois, percebeu-se que a Itália não vivia seus tempos mais áureos e lutava para chegar à Copa do Mundo de 1958 após cair na primeira fase do Mundial de 1954.
Por isso, usou uma artimanha legal pela FIFA na época e naturalizou os principais destaques dos clubes locais para defenderem a Azzurra.
Schiaffino, com passaporte europeu, foi convocado pela primeira vez já em 1954 e fez parte da equipe durante todo o ciclo para o Mundial seguinte.
Ghiggia, porém, só foi convocado para as partidas decisivas do triangular eliminatório que decidiria um dos classificados para a Copa do Mundo de 1958, quando a Itália enfrentou Portugal e Irlanda do Norte em 1957.
O trio de ataque da Azzurra era totalmente sul-americano. Além de Ghigghia e Schiaffino, o brasileiro Dino da Costa completava o setor ofensivo.
A equipe perdeu para Portugal por 3 a 0 em Lisboa, mas venceu na volta pelo mesmo placar em Roma. A Irlanda do Norte empatou todos seus jogos com a seleção portuguesa e a primeira com a Itália, sendo assim, no último jogo do triangular, em Belfast, capital do país adversário, os italianos precisavam de um empate simples para chegarem à Copa.
Ghiggia, destaque da competição de tiro curto, foi mal na partida e acabou expulso. Schiaffino teve atuação apagada e a Irlanda do Norte surpreendeu. Venceu por 2 a 1 e eliminou a Itália da disputa, chegando ao Mundial seguinte, na Suécia.
Após o fracasso, Schiaffino não voltou mais a jogar pela Itália, mas Ghiggia sim. O atacante defendeu a Azzurra até 1959.
Quem foi o “Artilheiro de Deus”, centroavante que brilhou no Grêmio e foi goleador na Espanha?

