Home Futebol Por onde anda Cabañas, carrasco de Santos e Flamengo na Libertadores?

Por onde anda Cabañas, carrasco de Santos e Flamengo na Libertadores?

Paraguaio marcou último gol como profissional há mais de dez anos

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

O torcedor do Flamengo tem uma ótima memória recente em relação à Copa Libertadores, já que é o atual campeão, mas alguns anos atrás a sensação era completamente diferente, especialmente por um vexame em específico: o de 2008.

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O grande responsável por aquele que é, para muitos, o maior vexame de um brasileiro na história da Libertadores é Salvador Cabañas, atacante paraguaio conhecido pela técnica apurada, ótima visão de jogo, mas também pela forma física “robusta”.

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Principal jogador paraguaio no fim da década passada, o jogador é ídolo do América do México e brilhou em um Maracanã para mais de 50 mil pessoas na partida de volta das oitavas de final da Libertadores de 2008.

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O Flamengo havia venceu o jogo de ida, no Azteca, por 4 a 2, mas Cabañas colocou o jogo “no bolso” na volta, marcou dois gols e comandou a vitória acachapante por 3 a 0 fora de casa.

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Engana-se, porém, quem acha que Cabañas foi carrasco apenas do Flamengo naquela Libertadores. O camisa 9 acabou também com o Santos, já nas quartas de final, quando marcou os dois gols da vitória por 2 a 0 no Azteca, encaminhando o América-MEX para a semifinal.

Mas por onde anda Salvador Cabañas?

O ex-atacante paraguaio não marca um gol como profissional desde 2010, o ano do fatídico atentado que praticamente encerrou sua carreira.

O jogador levou um tiro na cabeça em um bar na Cidade do México e desde então vive com sequelas.

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Cabañas tentou voltar ao futebol e assinou com o 12 de Octubre, do Paraguai, em 2012, fez alguns jogos, nenhum gol e confessou que não estava mais apto. Em 2014 teve passagem rápida pelo Tanabi, do interior de São Paulo, mas sequer entrou em campo oficialmente.

A bala alojada em sua cabeça o impedia de cabecear, o que o levou a encerrar a carreira precocemente.

“Pratico vôlei com os meus amigos do bairro. O que acontece é que os médicos me proibiram de cabecear porque a bala que tenho incrustada na nuca pode se mover e pode me fazer mal. Me dizem que posso ficar paralítico. Está alojada perto de uma veia principal. Tinha muito medo de me chocar forte com os meus companheiros e eles também de se chocar comigo. Me convenci e disse que era suficiente”, revelou em entrevista à agência AFP, no início de 2020.

O carrasco de Flamengo e Santos completa 40 anos neste dia 5 de agosto e voltou a morar com os pais no Paraguai. Atualmente o ex-atleta vive do rendimento de suas propriedades e não quer mais contato com o futebol.

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“De futebol não vejo quase nada porque dói muito. Se estou próximo ao estádio e tudo isso, sendo técnico ou auxiliar, me deixa triste, porque gostaria de entrar, jogar outra vez. Por isso não quero me dedicar a isso”, disse à rádio mexicana W Deportes no início de agosto.

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