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Jorge Jesus perde moral na CBF após declaração sobre racismo

Técnico do Benfica disse que “racismo está na moda”

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

O técnico do Benfica, Jorge Jesus, campeão brasileiro e da Copa Libertadores com o Flamengo em 2019, perdeu prestígio e moral na CBF após declarações controvérsas sobre racismo. A entidade chegou a vê-lo com futuro como treinador da Seleção Brasileira se Tite não seguisse no cargo, mas, segundo o portal Terra, as chances reduziram drasticamente.

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Após os jogadores de PSG e Istanbul Basaksehir deixarem o gramado do Parc des Princes em apoio a Pierre Webó, que sofreu uma ofensa com conotação racista do 4º árbitro romeno Sebastian Coltescu, Jorge Jesus foi questionado sobre o assunto em uma coletiva de imprensa do Benfica na última quarta-feira (9).

O treinador deu uma declaração que foi considerada racista e decepcionou várias pessoas. Segundo ele, “falar que tudo é racismo está na moda”.

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“Não sei o que aconteceu, o que se falou, o que se disse, mas hoje está muito na moda isso do racismo. Como cidadão, tenho o direito de pensar à minha maneira e só posso ter uma opinião concreta quando souber o que se disse naquele momento”, disse o ex-técnico do Flamengo, antes de seguir.

“Hoje, qualquer coisa que se possa dizer a um negro é sempre sinal de racismo, a mesma coisa contra um branco já não é sinal de racismo. Está se implantando essa onda no mundo. Talvez até houve algum sinal de racismo, mas não sei o que disseram.”

O técnico tinha grande prestígio na CBF pelo que conseguiu com o Flamengo. O próprio Jesus disse no ano passado que aceitaria um convite para treinar o Brasil “com muito prazer”.

Em 2020, porém, a Seleção de Tite voltou bem após a pausa causada pela pandemia e conseguiu quatro vitórias em quatro jogos pelas Eliminatórias, o que afastou qualquer boato sobre troca no comando técnico.

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