O técnico do Benfica, Jorge Jesus, campeão brasileiro e da Copa Libertadores com o Flamengo em 2019, perdeu prestígio e moral na CBF após declarações controvérsas sobre racismo. A entidade chegou a vê-lo com futuro como treinador da Seleção Brasileira se Tite não seguisse no cargo, mas, segundo o portal Terra, as chances reduziram drasticamente.
Após os jogadores de PSG e Istanbul Basaksehir deixarem o gramado do Parc des Princes em apoio a Pierre Webó, que sofreu uma ofensa com conotação racista do 4º árbitro romeno Sebastian Coltescu, Jorge Jesus foi questionado sobre o assunto em uma coletiva de imprensa do Benfica na última quarta-feira (9).
O treinador deu uma declaração que foi considerada racista e decepcionou várias pessoas. Segundo ele, “falar que tudo é racismo está na moda”.
“Não sei o que aconteceu, o que se falou, o que se disse, mas hoje está muito na moda isso do racismo. Como cidadão, tenho o direito de pensar à minha maneira e só posso ter uma opinião concreta quando souber o que se disse naquele momento”, disse o ex-técnico do Flamengo, antes de seguir.
“Hoje, qualquer coisa que se possa dizer a um negro é sempre sinal de racismo, a mesma coisa contra um branco já não é sinal de racismo. Está se implantando essa onda no mundo. Talvez até houve algum sinal de racismo, mas não sei o que disseram.”
O técnico tinha grande prestígio na CBF pelo que conseguiu com o Flamengo. O próprio Jesus disse no ano passado que aceitaria um convite para treinar o Brasil “com muito prazer”.
Em 2020, porém, a Seleção de Tite voltou bem após a pausa causada pela pandemia e conseguiu quatro vitórias em quatro jogos pelas Eliminatórias, o que afastou qualquer boato sobre troca no comando técnico.
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