Home Futebol Tática, reforços, divisões de base, dinheiro escasso, Ganso e Fred: Jornalistas avaliam a chegada do técnico Roger Machado no Fluminense

Tática, reforços, divisões de base, dinheiro escasso, Ganso e Fred: Jornalistas avaliam a chegada do técnico Roger Machado no Fluminense

Roger Machado irá substituir Marcão no comando do Fluminense em 2021

Wilson Pimentel
Jornalista esportivo desde 1998. Cobriu os principais eventos esportivos da última década. Passou pelas redações do SBT, Record TV, CNT, Esporte Interativo, Rádio Tupi, Rádio Brasil e Rádio Manchete. É correspondente de veículos de comunicação da Colômbia, Croácia, Paraguai e Portugal. Está no Torcedores.com desde 2019.

Roger Machado, 45 anos, foi confirmado como novo técnico do Fluminense. O técnico tem uma curta carreira de sete anos, mas é conhecido por ser um estudioso do futebol. Além disso, não costuma se apegar a apenas um esquema tático, exige de seus jogadores marcação sob pressão e não abre mão de atletas velozes na frente.

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O Torcedores.com conversou com jornalistas, que ajudaram a trazer mais informações sobre as características de trabalho do novo treinador tricolor. Com passagens por Grêmio, Palmeiras, Atlético-MG e Bahia, Roger Machado chega ao clube com a missão de comandar o Fluminense na Copa Libertadores da América de 2021.

Contudo, o ex-lateral-esquerdo terá outros assuntos para administrar: ser assertivo nas contratações, formar um elenco competitivo com a falta de recursos para grandes reforços, valorizar os jogadores formados nas categorias de base e conduzir um vestiário com Fred, Nenê e Paulo Henrique Ganso. Confira a opinião dos especialistas!

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Breno Monsef | Rádio 94 FM

“Eu preferia que o Marcão continuasse à frente do Fluminense. A passagem do Roger Machado pelo Bahia não foi boa. Começou até bem, mas desde a segunda metade de 2019 o trabalho simplesmente desandou. Além disso, as eliminações na Copa Sul-Americana, Copa do Brasil e Copa do Nordeste ajudaram a deixar o clima pior, assim como a campanha de quase rebaixamento no Campeonato Brasileiro 2020. Posso ser surpreendido, mas não acho que seja um bom nome para o Fluminense em 2021”.

Gerson Júnior | Rádio Brasil

“Não acredito que o Fluminense terá condições de formar um time com grandes reforços para disputar a Libertadores. Não esperem grandes nomes. Todos sabemos que o clube passa por dificuldades financeiras. Essa administração tem feito um trabalho muito bom na gestão das finanças. Esse foi o grande segredo para a boa campanha no Brasileirão. O clube fará contratações pontuais para dar um elenco competitivo para Roger comandar o Fluminense na Libertadores”.

Leandro Dias | NetFlu

“Mesmo olhado sob desconfiança devido aos últimos trabalhos, Roger Machado tem o carinho da torcida do Fluminense pelo tempo que atuou pelo clube, com muito respeito e dedicação. Acredito que neste princípio, os tricolores abraçarão o treinador, que, para manter o bom ambiente, precisa manter o Fluminense competitivo dos últimos jogos pelo Brasileiro sob o comando de Marcão”.

Roberto Espíndola | Rádio 101 FM

“O esquema tático padrão de Roger Machado é o 4-2-3-1. Ele vai precisar de jogadores rápidos pelos lados para aproveitar a letalidade do Fred. O atual elenco, formado por muitos jovens, permite esse desafio tático com Michel Araújo centralizado. Pelos lados do campo as melhores opções são Luiz Henrique e John Kennedy. Uma movimentação constante desse trio confundiria a marcação adversária. Com isso, o Fred faria o pivô ou teria espaço para concluir as jogadas que viram do fundo do campo”.

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Sérgio Guimarães | Rádio Tupi

“Roger Machado aprendeu muito com Luiz Felipe Scolari e Tite no período que jogou no Grêmio. Mas eu considero um treinador que tem estilo próprio. Ele fez questão de construir uma imagem e deixar sua marca pelos clubes comandou. Certamente fará isso no Fluminense. Eu o vejo com uma postura à beira do campo bem semelhante à de Renato Portaluppi, ou seja, que joga junto com o time durante os noventa minutos”. 

Victor Mendes | Diário Lance

“Acredito que o trabalho do Odair Hellmann foi muito acima da expectativa e se o Fluminense conseguiu alcançar uma vaga na Libertadores, que sequer era objetivo inicial na temporada, foi muito por causa dele. Agora, quando falamos em legado, aí viramos a página. O grande mérito do Odair foi conseguir formar um time que por vezes foi pragmático, mas com muita coesão e eficiência, aproveitando a versatilidade de alguns jogadores do elenco. Não à toa, nos primeiros jogos do Marcão, o Fluminense foi bem menos competitivo que o costumou ser na temporada, já que o treinador foi por um caminho diferente do de Odair. A grande habilidade do Marcão foi gerir bem o psicológico do elenco e o maior uso de jogadores da base em detrimento de algumas peças-chaves questionáveis dos tempos de Odair. Até por isso, jovens como Calegari (que já vinha sendo utilizado), Martinelli, John Kennedy e Luiz Henrique (que também vinha sendo utilizado) terminam em alta”.

Victor Lessa | Rádio Globo

“Sinceramente, não acredito que o Ganso possa ter um desempenho maior do que o demonstrado até aqui. Talvez ele possa, com o Roger, recuperar pelo menos o nível apresentado nos melhores momentos de Fernando Diniz no comando do Fluminense. Não tenho dúvidas de que ele é capaz de produzir mais, principalmente em relação ao que foi visto na temporada 2020. Então, sim, acho que o Roger pode fazê-lo evoluir, mas nada perto daquele Ganso que vimos anos atrás”.

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