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Rueda abre o jogo sobre possível saída de Soteldo: “Não é jogador do Santos”

Soteldo é um dos principais jogadores do Santos, ao lado de Marinho. O mandatário do Peixe ainda admitiu a necessidade de vender atletas para fazer caixa

Danielle Barbosa
Jornalista. Escrevendo para o Torcedores desde 2014.

O presidente do Santos, Andrés Rueda, abriu o jogo e falou sobre a situação do venezuelano Yeferson Soteldo em entrevista à Rádio Bandeirantes. O mandatário do time da Vila Belmiro deixou claro que a permanência do camisa 10 na equipe não depende apenas do Peixe.

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“Soteldo não é jogador do Santos. Santos adquiriu 50% e não pagou um tostão. Como temos direitos federativos, conta nossa posição, mas não parte da nossa vontade o fato dele ser vendido ou não. Seria bom termos recursos para segurar o jogador, mas não depende só do Santos”, explicou.

Soteldo chegou ao Santos no início de 2019, quando o clube acertou a contratação junto ao Huachipato, do Chile, por US$ 3,4 milhões (cerca de R$ 13 milhões à época), mas nunca pagou pela contratação e foi punido pela Fifa por causa da dívida – o clube não pode contratar reforços enquanto não quitar o valor.

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Vice-campeão do Brasileirão (2019) e da Copa Libertadores (2020) pelo clube. Soteldo acumula 96 jogos disputados e 19 gols marcados com a camisa do Santos.

CLUBE PRECISA VENDER:

O mandatário do Santos ainda reforçou o momento financeiro do clube e afirmou que precisa vender jogadores para fazer caixa, que segundo o próprio presidente, tem um total acumulado de R$ 700 milhões em dívidas.

“Por baixo, R$ 150 a R$ 180 milhões, até o final do ano. Se paga essa dívida com receitas recorrentes, renegociando contrato a contrato, mas é difícil. Dívidas estão há muito tempo sendo levadas. Quanto mais antiga a dívida, mais difícil fica. Há dívidas renegociadas três vezes. Um exemplo: R$ 8 milhões em dívida. Em dois anos, nada se paga, renegociada três vezes e o principal dela hoje tem R$ 14 milhões. Contamos com a falta de credibilidade desses credores hoje. Temos que renegociar, alongar a dívida. Só vamos respirar quando vendermos jogador, infelizmente. Vamos tirar o nariz da linha d’água com entrada significativa de venda de jogador”, afirmou.

Rueda também apontou a necessidade de diminuir a folha salarial atual do Santos. “O Santos tem uma folha, sem encargos, beirando os R$ 8 milhões. No futebol, os encargos são de 40 ou 50%. Coisa de R$ 12 milhões. Não encaixa, não dá. Preciso derrubar, de qualquer maneira, o custo da folha para R$ 5,5 ou R$ 6 milhões sem encargos. Vai doer na carne, não tem como. Sem isso, não vamos viabilizar o clube. Não é só torcer para ter um raio, brigar para ter colocações em campeonato Santos tem que entrar para ganhar campeonato. Queria ter dinheiro sobrando para contratar o que há de melhor no mercado. Para chegarmos nisso, vamos sofrer. Ninguém gosta de fazer, não é agradável demitir e enxugar a folha, mas nosso propósito na gestão é corrigir e colocar o Santos no caminho correto”, completou.

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