Home Automobilismo Equipes mais vencedoras da F1 em Ímola têm pouca chance no domingo; veja quem são

Equipes mais vencedoras da F1 em Ímola têm pouca chance no domingo; veja quem são

Ferrari e Williams obtiveram oito triunfos cada, mas favoritas neste ano são Mercedes e Red Bull

Fernando Cesarotti
Jornalista, professor universitário e fã ardoroso de qualquer esporte. Autor do OlimpCast, podcast sobre esportes olímpicos.

As duas equipes mais vencedoras no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, popularmente conhecido como Ímola, têm pouca (ou nenhuma) chance de ampliar essa marca na corrida que o circuito recebe neste domingo, o GP da Emilia Romagna, segundo da temporada 2021 da Fórmula 1.

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Ferrari e Williams venceram oito vezes cada uma e lideram a lista de triunfos na pista, que recebeu a elite do automobilismo em 28 ocasiões até agora. Ímola, porém, acabou marcada para o público brasileiro por causa da morte de Ayrton Senna, durante o GP de San Marino, em 1994.

A primeira corrida de Fórmula 1 disputada em Ímola foi o GP da Itália, em 1980. O circuito de Monza, tradicional palco para a categoria no país, passava então por uma reforma. A vitória nessa prova foi de Nelson Piquet, com a Brabham.

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O brasileiro também venceria no ano seguinte, quando Monza voltou a ser sede do GP da Itália, mas a pista de Ímola passou a receber o GP de San Marino – uma pequena república situada dentro do norte da Itália. O GP foi disputado até 2006, quando a pista foi tirada do calendário com a ascensão de circuitos no Oriente.

Ferrari em casa

A pista fica a cerca de 80 km da fábrica da Ferrari, em Maranello, e leva o nome do fundador da equipe e de seu filho, ambos já mortos. A primeira vitória do time “em casa”, no entanto, foi em 1982, com o francês Didier Pironi. No ano seguinte, outro francês, Patrick Tambay, venceu com o carro vermelho.

Veio então um longo jejum, quebrado apenas com a vitória de Michael Schumacher, em 1999 – cinco anos antes, ele vencera pela primeira vez no local com a Benetton, no dia da morte de Senna. O alemão triunfou com a Ferrari em mais cinco ocasiões: 2000, 2002, 2003, 2004 e 2006. Com sete vitórias, o alemão é o maior ganhador do circuito.

A Williams ganhou pela primeira vez em Ímola em 1987, com Nigel Mansell, que também levou a melhor em 1992, ano de seu único título mundial. As outras seis vitórias viriam com cinco pilotos diferentes: 1990, com o italiano Riccardo Patrese; 1993, com o francês Alain Prost; 1995 e 1996, com o britânico Damon Hill; 1997, com o alemão Heinz-Harald Frentzen; e 2001, com o alemão Ralf Schumacher;

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Histórico de acidentes

As mortes de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger em 1994, este último durante o treino de classificação, não foram os únicos acidentes marcantes das provas disputadas em Ímola. A curva Tamburello, onde Senna bateu, por causa de uma quebra na barra de direção, já havia sido palco de momentos de tensão.

Em 1987, Nelson Piquet teve um pneu de sua Williams furado antes da curva, durante o treino classificatório, e se chocou fortemente contra o muro. Ele sofreu apenas lesões leves, mas foi proibido pelos médicos de disputar a corrida. Mesmo assim, terminou o ano como tricampeão mundial.

Dois anos depois, a vítima foi o austríaco Gerhard Berger, então na Ferrari. Problemas mecânicos provocaram um acidente marcante. Assim que o carro parou, pegou fogo. O incêndio foi rapidamente debelado, e o piloto saiu praticamente ileso.

O retorno imprevisto

Ímola voltou à Fórmula 1 de forma imprevista no ano passado. O calendário foi modificado por causa da pandemia de Covid-19 e disputado em grande parte na Europa. Assim, o GP da Emilia Romagna foi uma das três provas em solo italiano. Terminou com a vitória de Lewis Hamilton e segundo lugar de Valteri Bottas. Com a dobradinha, a Mercedes conquistou antecipadamente o Mundial de Construtores.

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Para se ter uma ideia de como a Fórmula 1 mudou durante a ausência de Ímola, dos 20 pilotos que estavam na pista no ano passado, apenas um tinha corrido no GP de San Marino de 2006: Kimi Raikkonnen, quinto naquela ocasião com a McLaren e nono em 2020 pela Alfa Romeo.

Kimi terá agora a companhia de Fernando Alonso, que retornou à Renault. Pela equipe, em 2006 foi o segundo colocado, atrás apenas de Schumacher. Naquele ano, o espanhol ganharia o segundo título mundial consecutivo. Em 2005, ele foi o vencedor em Ímola.

Neste ano, Hamilton divide o favoritismo com Max Verstappen, da Red Bull, que não teve uma estreia feliz em Imola: abandonou na 33ª volta do ano passado, depois de um acidente provocado por um furo de pneu. Recordistas históricas da pista, Ferrari e Williams devem fazer figuração na corrida doeste domingo. Para os italianos, um pódio será comemorado como vitória; aos britânicos, fugir do último lugar já será um consolo e tanto.

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