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Má administração, troca de técnicos e decepções em campo marcam primeiro rebaixamento do Macaé no Carioca

Macaé Esporte irá disputar a Série A2 do Campeonato Carioca em 2022

Por Wilson Pimentel em 18/04/2021 06:02 - Atualizado há 3 anos

O Macaé foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Carioca
Divulgação/ Macaé Esporte

O Macaé começou a temporada mirando a classificação para uma competição nacional em 2022: Copa do Brasil ou Campeonato Brasileiro da Série D. Com dificuldades financeiras, o clube investiu pouco dinheiro na formação do elenco para este ano.

O trabalho foi iniciado com o técnico Eduardo Allax no comando. Ele, no entanto, ficou apenas quatro partidas à frente do time com três derrotas e um empate. Com a saída do treinador, o Alvianil acertou com Charles de Almeida para assumir a função.

Entretanto, Charles comandou o time em três jogos e foi demitido após as derrotas para o Vasco, Portuguesa e Nova Iguaçu. Mesmo antes do fim da primeira fase do estadual, a diretoria anunciou a chegada do experiente Dario Lourenço.

Mas a quinta passagem do treinador pelo clube não durou muito tempo. Ele entregou o cargo após duas partidas e duas derrotas. Na época, o comandante alegou que que os problemas administrativos e financeiros foram fundamentais para deixar o Macaé.

Com isso, o Leão do Norte Fluminense efetivou Luciano Lamoglia, ex-diretor de futebol do próprio clube. Ele comandou a equipe contra o Botafogo e Madureira. Porém, não conseguiu evitar o primeiro rebaixamento da história do Macaé.

Com o insucesso no Estadual, o Macaé irá disputar a Série A2 do Campeonato Carioca em 2022. Até lá, o presidente Theodomiro Bittencourt, o Mirinho, tenta estancar a maior crise institucional e financeira já vivida pelo clube.

A prepotência da diretoria

Ao longo do Campeonato Carioca, a diretoria do Macaé se mostrou arrogante e prepotente sobre a real situação da equipe. A falta de organização do time dentro e fora de campo respingou no planejamento do departamento de futebol.

No começo do ano, Theodomiro Bittencourt ficou afastado das suas funções devido a problemas de saúde. Com isso, Valter Bittencourt, filho e vice-presidente, passou a cuidar da parte administrativa do clube.

Por outro lado, Geraldo Camilo, vice-presidente de futebol, tinha a missão de formar a nova comissão técnica e o elenco para o estadual. Ao todo, foram 35 jogadores contratados entre os mais conhecidos estavam o goleiro Milton Raphael, ex-Botafogo e o volante Amaral, ex-Flamengo.

Vale lembrar que o Macaé foi o último clube da elite do futebol carioca a dar início a pré-temporada. Além disso, Eduardo Allax só foi anunciado após o grupo a começar o período de treinos. Apesar disso, os dirigentes insistiam no discurso de que estavam no ‘caminho certo’.

Clube sofre com dificuldades financeiras

Fora de campo, o Macaé começou o ano tentando acertar as contas. No entanto, a diretoria acumulou dívidas ao longo do Campeonato Carioca. O Torcedores.com apurou que o clube deve quatro meses de salários a jogadores e integrantes da comissão técnica.

Por outro lado, a diretoria alega que ainda não recebeu as cotas de televisão pelos direitos de transmissão do Campeonato Carioca adquiridos pela Record TV. O acordo com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro prevê o repasse de R$ 1,3 milhão.

Além desse montante, o time teria direito de embolsar 53% do valor comercializado em pay-per-view pelas partidas do Estadual. A expectativa é que a soma das verbas em múltiplas plataformas atingisse a casa dos R$ 3 milhões.

Apesar de ter estampado a marca de seis patrocinadores nos uniformes ao longo da competição, o Macaé não conseguiu gerar renda suficiente para arcas com as despesas do departamento de futebol.

Além disso, o clube convive com penhoras devido a dívidas acumuladas no passado. O maior credor do Macaé, só para exemplificar, é o técnico Luís Antônio Zaluar, que comandou o time no Estadual de 2019.

O Macaé também deu calote em uma empresa de assessoria e marketing esportivo contratada em 2019. Na época, a agência foi responsável pela implementação do departamento comunicação e comercial do clube. Os donos, porém, nunca viram a cor do dinheiro.

Clube sem identidade

Em gravíssima crise financeira, o Macaé teve de driblar um problema gigantesco nesta temporada: a falta de casa para jogar. O Cláudio Moacyr está interditado desde o ano passado por causa de um incêndio causado por um curto circuito que destruiu parte da arquibancada.

Apesar das promessas da prefeitura, responsável pela administração do local, a reforma do Moacyrzão nunca saiu do papel. Com isso, o clube se viu obrigado a vender mando de campo e atuar longe da torcida desde então.

Desde então, a diretoria viu as despesas terem um aumento superior a 80%. O valor contempla gastos com logística, hospedagem, alimentação e transportes nos jogos realizados em cidades como Rio de Janeiro, Mesquita, Cabo Frio e Saquarema.

No auge calou o Mangueirão em 2013

Fundado no dia 17 de julho de 1990 com o nome de Botafogo Futebol Clube, o Macaé Esporte começou a disputar competições nacionais em 2003. Dez anos depois, o Alvianil Praiano conseguiu conquistar a Série C do Campeonato Brasileiro.

Sob o comando de Josué Teixeira, ex-técnico de Fluminense e Remo, o time fez dois jogos emocionante contra o Paysandu (1 a 1 em casa e 3 a 3 no Mangueirão). A combinação de resultados colocou o Macaé pela primeira vez na entre os 40 melhores clubes do Brasil.

Em 2014, o Macaé disputou a Série B do Campeonato Brasileiro tentando se firmar como a quinta força do futebol carioca. No entanto, o clube não fez boa campanha e acabou sendo rebaixado. Posteriormente, acumulou vexames até sumir do cenário nacional.

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